quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Blog do Fausto Brignol: OS INTOCÁVEIS

Blog do Fausto Brignol: OS INTOCÁVEIS: Fato : Juiz que se envolveu em briga de trânsito é promovido a desembargador em São Paulo. Delegado que o prendeu é exonerado.      -...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Blog do Fausto Brignol: A QUEM ELES SERVEM?

Blog do Fausto Brignol: A QUEM ELES SERVEM?:
TERÇA-FEIRA, 6 DE DEZEMBRO DE 2011
A QUEM ELES SERVEM?

Em uma entrevista com um latifundiário gaúcho, o jornalista perguntou a respeito do reflorestamento e a resposta foi: pra que plantar mais árvores, se estamos acostumados com esta linda visão das verdes coxilhas? É esta a mentalidade. O pasto plantado, com um ou outro capão de mato ilhado entre as verdes coxilhas, engorda o boi e é só isso que interessa para os fazendeiros que vivem da pecuária: que o boi engorde para o abate. Mas, se tiver que plantar árvores, plantará eucaliptos ou pinheiros, que crescem rapidamente e tem uma madeira muito apreciada pelas indústrias de celulose.

O que interessa é o lucro. Não pensem os que visitam esta terra de verdes coxilhas que aqui se cultiva o amor à natureza. Para pecuarista, ecologia é palavrão. Não somente os pecuaristas. Aqueles que cultivam plantações extensivas de soja e arroz, através de sementes transgênicas, pouco estão ligando para a natureza ou para o dia de amanhã. Exceto se o dia de amanhã for um dia de lucros. Se a terra se tornar um deserto, compram mais terras, e quando toda a terra estiver desertificada, mudam-se para outros lugares deste imenso Brasil.

As árvores são inimigas dos grandes plantadores e estancieiros. Ou melhor, os latifundiários em geral são inimigos da natureza. Verde, para eles, é o dinheiro que a devastação da natureza lhes dá. Em outras épocas, atribuía-se à ignorância do produtor rural o desmatamento indiscriminado, a caça e a pesca predatórias. Mas hoje, essa desculpa é ridícula. São inimigos declarados da natureza. Inimigos conscientes.

E esses inimigos do verde, inimigos da natureza, que trazem em seu DNA a vontade de matar e de devastar, neste exato momento estão sendo presenteados com uma lei – o novo Código Florestal – que lhes permitirá exercer com mais fervor a sua sanha destrutiva e lhes dará a oportunidade de satisfazer ainda mais a sua ganância, aliada ao ódio que manifestam pela natureza.

O novo Código Florestal permitirá que mais áreas sejam desmatadas no Brasil inteiro. Está sendo considerado um crime de lesa humanidade, porque a ocorrência de pastos em Áreas de Preservação Permanente (APPs) “desrespeita um dos mais básicos fundamentos das ciências agrárias e da economia socioambiental”, escreve José Eli da Veiga.

A própria CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que tem sido, nos últimos anos, tão reacionária e amiga do poder, afirma timidamente que as mudanças no atual Código Florestal “não representam equilíbrio entre conservação e produção”.

O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), tão amigo do PT em outros tempos, diz que “do jeito que o texto está, o Código beneficiará o agronegócio e aumentará o desmatamento. O pequeno agricultor não será contemplado”, disse Cristiane Albuquerque, da Coordenação Nacional do MST. “A tendência é que, com a flexibilização do Código Florestal e ampliação da fronteira agrícola, aumente ainda mais a utilização de agrotóxicos do agronegócio no Brasil, que já lidera o ranking mundial", aponta Cristiane.

O Comitê Brasil Em Defesa Das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável fez um abaixo-assinado contra o novo Código Florestal, que foi encaminhado a Dilma Roussef no último dia 29.

Talvez tenha faltado um pouco de visão ao Comitê, por que Dilma foi colocada na presidência da República justamente para dar carta branca para que os seus aliados do Congresso criassem o novo Código Florestal. Também para destruir o Xingu e a Amazônia com a construção de hidrelétricas e entregar o Brasil ao agronegócio. Não há outra razão para Dilma ser a atual Presidente, senão a de apoiar e forçar, ditatorialmente, a implementação de todas as medidas antiecológicas possíveis. Ela entende que isso é “desenvolvimento acelerado”.

Lembrem que ela tirou Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente, quando a então ministra foi contra a construção de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio.

O Congresso está vendido. Não existe “situação” e “oposição” – com a gloriosa exceção de alguns deputados e senadores que ainda tem honra e vergonha na cara.

Com o novo Código Florestal os rios estão condenados à extinção, porque vai acabar a mata ciliar, que os protege. Os topos dos morros serão invadidos por motosserras. As áreas indígenas serão devastadas, o Brasil será devastado, se nada for feito com urgência contra as piranhas devoradoras que infestam o Congresso e demais áreas do desgoverno.

A quem eles servem? Não se pode servir a dois senhores, mas qual é o senhor da grande maioria dos políticos brasileiros, aqueles que decidem o futuro, autorizando a destruição da nossa terra, dando o consentimento tácito para os assassinatos de ambientalistas?
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Postado por Fausto

RAIMUNDONERYSOUSA: Blog do Fausto Brignol: A QUEM ELES SERVEM?

RAIMUNDONERYSOUSA: Blog do Fausto Brignol: A QUEM ELES SERVEM?: Blog do Fausto Brignol: A QUEM ELES SERVEM? : Em uma entrevista com um latifundiário gaúcho, o jornalista perguntou a respeito do refloresta...

Blog do Fausto Brignol: A QUEM ELES SERVEM?

Blog do Fausto Brignol: A QUEM ELES SERVEM?: Em uma entrevista com um latifundiário gaúcho, o jornalista perguntou a respeito do reflorestamento e a resposta foi: pra que plantar mais á...

domingo, 27 de novembro de 2011

GARANTIA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO LIBERDADE DE REUNIÃO A CÉU ABERTO PARA DIFUNDIR O PENSAMENTO CRÍTICO E LIBERTADOR DIREITO DE REUNIÃO:DIFUNDIR O SENSO CRÍTICO DIREITO DE SE MANIFESTAR E CRITICAR O CAOS SOCIOLÓGICO Quarta-feira, 23 de novembro de 2011 STF afasta criminalização da “marcha da maconha” pela Lei de Tóxicos O Supremo Tribunal Federal (STF) reforçou, nesta quarta-feira (23), a legalidade dos eventos chamados “marcha da maconha”, que reúnem manifestantes favoráveis à descriminalização da droga. Por unanimidade, os ministros decidiram que esse tipo de manifestação não pode ser considerado crime previsto no artigo 33, parágrafo 2º, da Lei de Tóxicos (Lei nº 11.343/2006), o que configuraria afronta aos direitos de reunião e de livre expressão do pensamento, previstos na Constituição Federal. O Plenário seguiu o voto do ministro Ayres Britto, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4274, proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR), determinando que o dispositivo da Lei de Tóxicos – que classifica como crime o ato de induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga – seja interpretado em conformidade com a Constituição Federal. Dessa forma, exclui-se da interpretação da norma “qualquer significado que enseje a proibição de manifestação e debates públicos acerca da descriminalização ou legalização de drogas ou de qualquer substância que leve ao entorpecimento episódico ou viciado das faculdades psicofísicas”, conforme destacou o relator em seu voto. Segundo o ministro Ayres Britto, o direito de reunião, assim como os direitos à informação e à liberdade de expressão, “fazem parte do rol de direitos individuais de matriz constitucional, tidos como direta emanação do princípio da dignidade da pessoa humana e da cidadania”. “Vivemos hoje em uma sociedade de informação e de comunicação, em que o ser humano primeiro se informa para melhor se comunicar com seus semelhantes, e o direito de reunião pode ser visto como especial veículo dessa busca de informação para uma consciente tomada de posição comunicacional”, salientou. De acordo com o relator, existe na Constituição apenas uma única vedação ao direito de reunião, referente àquelas cuja inspiração ou o propósito da convocação ensejem a prática violência física armada ou beligerante. “Quem quer que seja pode se reunir para o que quer que seja, no plano dos direitos fundamentais, desde que o faça de forma pacífica”, concluiu o ministro Ayres Britto, acrescentando que não se pode confundir a criminalização da conduta (o uso de drogas), com o debate sobre a referida criminalização, que é o propósito da “marcha da maconha”. Com a decisão desta quarta-feira (23), o STF reforçou o posicionamento firmado em junho deste ano, no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 187, de relatoria do ministro Celso de Mello. Na ocasião, a Suprema Corte liberou a realização da “marcha da maconha”, por entender que o artigo 287 do Código Penal deve ser interpretado conforme a Constituição, de forma a não impedir manifestações públicas em defesa da legalização de drogas. Para o decano da Suprema Corte, a mera expressão de pensamento não pode ser objeto de restrição, “sob pena de se estabelecer um domínio institucional sobre o pensamento crítico”. “A defesa, em espaços públicos, da legalização das drogas, longe de significar um ilícito penal, quer sob a égide do Código Penal, quer sob o disposto na Lei de Tóxicos – supostamente caracterizador de apologia ou instigação ao uso de drogas ilícitas –, representa, na verdade, a prática legítima do direito à livre manifestação do pensamento, propiciada pelo direito de exercício de reunião”, sustentou. Também seguindo o voto do relator da ADI, o ministro Luiz Fux reforçou que o entendimento do STF em relação à matéria é o de afastar a incidência da criminalização sobre tipo de evento público, desde que ele seja realizado de forma pacífica, sem armas, nem incitação à violência, e que não haja na sua realização incentivo, estímulo ou consumo de entorpecentes. Ele lembrou ainda que para realizar manifestações coletivas dessa natureza é necessário informar previamente às autoridades públicas competentes, a data, o horário e o local em que será realizado o evento. Ao votar, o ministro Gilmar Mendes salientou a importância de esclarecer para a sociedade os limites da decisão do STF, que se refere à legalidade de eventos públicos favoráveis à descriminalização da droga. O ministro alertou que a decisão da Suprema Corte não pode ser entendida de maneira generalizada, aplicável a toda espécie de reunião que discuta temas diversos do tratado na referida ação. “É preciso ter cuidado e deixar claro, para que não se extraia da decisão a possibilidade de direito de característica ilimitada”, afirmou ao alertar para o risco da aplicação do preceito a reuniões favoráveis à descriminalização de outros atos, como racismo ou aborto, por exemplo. Conforme salientou o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, não é possível traçar todos os limites de forma abstrata, sendo necessário que a Corte analise caso por caso, quando assim for necessário. “Devemos examinar se a questão discutida em cada caso não vai resultar em uma outorga de legitimidade a certos atos que repugnariam à consciência democrática, coletiva e ao próprio sistema jurídico constitucional de um país civilizado”, afirmou. MC/CG//GAB Processos relacionados ADI 4274

Belo Monte: O protesto de Rafinha Bastos

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

13/03 (13h07) - Atualizado em: 14/03 (11h52)

188 anos da Batalha do Jenipapo

Monumento do Jenipapo,em Campo MaioR
Monumento do Jenipapo,em Campo MaioR
Neste domingo comemora-se 188 anos da batalha do Jenipapo que ocorreu às margens do riacho de mesmo nome no dia 13 de março de 1823, a qual foi decisiva para a Independência do Brasil e consolidação do território nacional. Consistiu na luta de piauienses, maranhenses e cearenses contra as tropas do Major João José da Cunha Fidié, que era o comandante das tropas portuguesas, encarregadas de manter o norte da ex-colônia fiel à Coroa Portuguesa.
SAIBA MAIS SOBRE A BATALHA DO JENIPAPO

Quando Dom Pedro I, às margens do Ipiranga, deu o grito de independência, não houve derramamento de sangue. Foi no Piauí, às margens do Rio Jenipapo, na cidade de Campo Maior, que os portugueses perderam a esperança de ter uma colônia na América, sendo afastados definitivamente das terras brasileiras. A Batalha do Jenipapo, luta e glória do povo piauiense, assegurou a unidade territorial do Brasil
O Piauí como província
Até o final do século XVIII, Portugal não dava a mínima importância para o Piauí, apesar de o Brasil ser uma colônia lusitana. A província foi entregue a exploradores maranhenses e baianos. Éramos subordinados à Bahia pelo lado jurídico e, pelo lado administrativo e religioso, estávamos sujeitos ao Maranhão. As autoridades portuguesas tratavam os piauienses muito mal. Muito embora a Freguesia da Mocha tenha sido instalada em 1697 sob a invocação de Nossa Senhora da Vitória, somente em 1715 foi criada a Capitania de São José do Piauí. A terra de Mafrense¹ era muito grande, territorialmente falando, para tão poucos habitantes.
O confronto
A população de Campo Maior, ao saber que Fidié vinha de Parnaíba com destino a Oeiras e passaria ali, se mobilizou com intuito de impedi-lo de continuar viagem.
Na noite de 12 de março, os homens da cidade e das redondezas foram arregimentados. Todos queriam lutar para livrar o Piauí do domínio português. As mulheres estimularam os seus maridos, parentes e amigos, arrumaram o que puderam, venderam suas jóias; todos estavam empenhados a se unirem em só ideal: lutar.
O amanhecer do dia 13 de março de 1823 prenunciava um dia claro, com poucas nuvens e muito calor. Era um ano em que a seca castigava a nordestino.
Ao sinal de comando, todos os homens se reuniram em frente à Igreja de Santo Antônio. Os combatentes piauienses e cearenses não vestiam fardas. Na saída da cidade, para encontrar-se com Fidié, houve uma apresentação com a banda de música na qual houve um desfile militar. A massa de combatentes que iam lutar pelo Brasil saiu exultante ao som dos tambores. Mesmo sem acertarem os passos eles levavam consigo a chama da liberdade queimando no peito. A certeza da morte não tirou o ânimo dos que iam morrer pela pátria. Cerca de dois mil homens marcharam para o combate. As armas que eles usaram foram espadas velhas, chuços, machados, facas e foices, paus e pedras e algumas espingardas usadas.
PorGandelman Clementino
13/03 (13h07) - Atualizado em: 14/03 (11h52)

188 anos da Batalha do Jenipapo

Monumento do Jenipapo,em Campo MaioR
Monumento do Jenipapo,em Campo MaioR
Neste domingo comemora-se 188 anos da batalha do Jenipapo que ocorreu às margens do riacho de mesmo nome no dia 13 de março de 1823, a qual foi decisiva para a Independência do Brasil e consolidação do território nacional. Consistiu na luta de piauienses, maranhenses e cearenses contra as tropas do Major João José da Cunha Fidié, que era o comandante das tropas portuguesas, encarregadas de manter o norte da ex-colônia fiel à Coroa Portuguesa.
SAIBA MAIS SOBRE A BATALHA DO JENIPAPO

Quando Dom Pedro I, às margens do Ipiranga, deu o grito de independência, não houve derramamento de sangue. Foi no Piauí, às margens do Rio Jenipapo, na cidade de Campo Maior, que os portugueses perderam a esperança de ter uma colônia na América, sendo afastados definitivamente das terras brasileiras. A Batalha do Jenipapo, luta e glória do povo piauiense, assegurou a unidade territorial do Brasil
O Piauí como província
Até o final do século XVIII, Portugal não dava a mínima importância para o Piauí, apesar de o Brasil ser uma colônia lusitana. A província foi entregue a exploradores maranhenses e baianos. Éramos subordinados à Bahia pelo lado jurídico e, pelo lado administrativo e religioso, estávamos sujeitos ao Maranhão. As autoridades portuguesas tratavam os piauienses muito mal. Muito embora a Freguesia da Mocha tenha sido instalada em 1697 sob a invocação de Nossa Senhora da Vitória, somente em 1715 foi criada a Capitania de São José do Piauí. A terra de Mafrense¹ era muito grande, territorialmente falando, para tão poucos habitantes.
O confronto
A população de Campo Maior, ao saber que Fidié vinha de Parnaíba com destino a Oeiras e passaria ali, se mobilizou com intuito de impedi-lo de continuar viagem.
Na noite de 12 de março, os homens da cidade e das redondezas foram arregimentados. Todos queriam lutar para livrar o Piauí do domínio português. As mulheres estimularam os seus maridos, parentes e amigos, arrumaram o que puderam, venderam suas jóias; todos estavam empenhados a se unirem em só ideal: lutar.
O amanhecer do dia 13 de março de 1823 prenunciava um dia claro, com poucas nuvens e muito calor. Era um ano em que a seca castigava a nordestino.
Ao sinal de comando, todos os homens se reuniram em frente à Igreja de Santo Antônio. Os combatentes piauienses e cearenses não vestiam fardas. Na saída da cidade, para encontrar-se com Fidié, houve uma apresentação com a banda de música na qual houve um desfile militar. A massa de combatentes que iam lutar pelo Brasil saiu exultante ao som dos tambores. Mesmo sem acertarem os passos eles levavam consigo a chama da liberdade queimando no peito. A certeza da morte não tirou o ânimo dos que iam morrer pela pátria. Cerca de dois mil homens marcharam para o combate. As armas que eles usaram foram espadas velhas, chuços, machados, facas e foices, paus e pedras e algumas espingardas usadas.
PorGandelman Clementino

Blog do PPS: "Sonháticos" da Nova Política chegam a São Paulo

Blog do PPS: "Sonháticos" da Nova Política chegam a São Paulo: Foi lançado oficialmente neste sábado, 19 de novembro, o Coletivo de São Paulo do Movimento por uma Nova Política , com a participação sup...

Usina de Belo Monte - Inviável

terça-feira, 8 de novembro de 2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pedido ao Congresso Nacional e ao Conselho Nacional de Justiça: Petição ao Congresso Nacional, ao Conselho Naciona...

Pedido ao Congresso Nacional e ao Conselho Nacional de Justiça: Petição ao Congresso Nacional, ao Conselho Naciona...: "Para assinar esta Petição Pública clique aqui Nós brasileiros abaixo assinados viemos através deste instrumento   solicitar ao Congresso N..."

QUANDO OS DECENTES SE OMITEM, OS CORRUPTOS DOMINAM: O PAÍS SÓ MUDA PELA DECÊNCIA E PELO RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS E AMBIENTAIS.

Marina Silva nega negociação com PSDB e com Aécio

Por: Anselmo Massad, Rede Brasil Atual
Publicado em 27/07/2011, 19:35
Última atualização às 20:23


O PSDB mineiro de Aécio Neves estaria interessado no capital político de Marina (Foto: Antonio Cruz/Agência Senado)

São Paulo - A ex-senadora e candidata terceira colocada na eleição de 2010 à Presidência da República, Marina Silva, negou qualquer conversa com o PSDB com vistas à eleição de 2014. Por seu perfil no Twitter, ela desmentiu supostas negociações noticiadas pela imprensa. O articulador da aproximação seria o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Nesta quarta-feira (27), o jornal O Estado de S. Paulo noticiou com destaque que "Aécio tenta atrair Marina para projeto de 2014". Um mês depois de deixar o PV, legenda pela qual se candidatou no ano passado, Marina informou que "não existe negociação em curso para que eu apóie candidatos do PSDB mineiro. Meu compromisso é com o movimento por uma #novapolitica". A referência é ao grupo formado por dissidentes verdes e outros apoiadores que vêm discutindo opções políticas.

Segundo o jornal, Marina, ou seu capital de quase 20 milhões de votos nas eleições de 2010, "está na mira do tucanato mineiro". O primeiro passo no cortejo de aproximação teria sido a assinatura de decreto pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) concedendo a Marina Silva o título de cidadã honorária de Minas Gerais.

VAMOS EXERCITAR O NOSSO CÉREBRO

TENTANDO, TENTANDO, TENTANDO....

ESTES TESTES SAO INTERESSANTES, PRINCIPALMENTE O TERCEIRO. DEVE HAVER ALGUMA RELAÇÃO DA ARITMÉTICA QUE SOMOS CONDUZIDOS A FAZER, COM A FERRAMENTA QUE PENSAMOS. SE ALGUEM SOUBER DE ALGUMA EXPLICAÇÃO, POR FAVOR ME DIGA.
Potencial de inteligência
1º TESTE:

Foi descoberto que o nosso cérebro tem um Bug. Aqui vai um pequeno
exercício de cálculo mental !!!! Este cálculo deve fazer-se mentalmente
(e rapidamente), sem utilizar calculadora nem papel e caneta!!! Seja
honesto... faça cálculos mentais...

Tens 1000, acrescenta-lhe 40. Acrescenta mais 1000. Acrescenta mais 30 e
novamente 1000.. Acrescenta 20.. Acrescenta 1000 e ainda 10. Qual é total?

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
..

(resposta abaixo)
O teu resultado = 5000



A resposta certa e 4100 !!!!

Se não acreditar, verifique com a calculadora. O que acontece e que a
sequencia decimal confunde o nosso cérebro, que salta naturalmente para
a mais alta decimal (centenas em vez de dezenas).



2º TESTE:

Rápido e impressionante: conte, quantas letras 'F' tem no texto abaixo
sem usar o mouse:


FINISHED FILES ARE THE RE-
SULT OF YEARS OF SCIENTIF-
IC STUDY COMBINED WITH
THE EXPERIENCE OF YEARS

Contou? Somente leia abaixo depois de ter contado os 'F'.





OK?



quantos??? 3??? Talvez 4???





.. ....







Errado, são 6 (seis) - não é piada! Volte para cima e leia mais uma
vez! A explicação está mais abaixo







O cérebro não consegue processar a palavra 'OF'.

Loucura, não?
Quem conta todos os 6 'F' na primeira vez é um 'gênio', 3 é normal, 4 é
mais raro, 5 mais ainda, e 6 quase ninguém.



3º TESTE: Sou Diferente? Faça o teste.


Alguma vez já se perguntaram se somos mesmo diferentes ou se pensamos a
mesma coisa? Façam este exercício de reflexão e encontrem a resposta!!!
Siga as instruções e responda as perguntas uma de cada vez MENTALMENTE e
tão rápido quanto possível mas não siga adiante antes de ter respondido
a anterior.
E se surpreendam com a resposta!!!

Agora, responda uma de cada vez:





Quanto é:

15+6









....21....













3+56












.....59...















89+2











...91...











12+53











......65...











75+26















....101...

















25+52

















....77...













63+32













...95....



















Sim, os cálculos mentais são difíceis mas agora vem o verdadeiro teste.
Seja persistente e siga adiante.











123+5















..128....







RáPIDO! PENSE EM UMA FERRAMENTA E UMA COR!





















........













E siga adiante...





















.......





















Mais um pouco...





















........












Um pouco mais...













........









Pensou em um martelo vermelho, não é verdade??? Se não, você
faz parte de 2% da população que é suficientemente diferente para pensar
em outra coisa.
98% da população responde martelo vermelho quando resolve este exercício.
Seja qual for a explicação para isso, mandem para seus amigos para que
vejam se são normais ou não!!



O nosso cérebro é doido !!!

De aorcdo com uma peqsiusa

de uma uinrvesriddae ignlsea,

não ipomtra em qaul odrem as

Lteras de uma plravaa etãso,

a úncia csioa iprotmatne é que
a piremria e útmlia Lteras etejasm

no lgaur crteo. O rseto pdoe ser

uma bçguana ttaol, que vcoê

anida pdoe ler sem pobrlmea.

Itso é poqrue nós não lmeos

cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa

cmoo um tdoo.


Sohw de bloa.


Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia
corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4
M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R
CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O!
NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45
N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O
CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M
PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R
B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3!
P4R4BÉN5!

SOU DIFERENTE: SÓ 2% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA É DECENTE.

domingo, 10 de julho de 2011

ALEGRIA

Só pra descontrair um pouco! rrsrsrsr!
por Nonato Nery, domingo, 10 de julho de 2011 às 14:50
Sua nota foi criada.
Só pra descontrair um pouco! rrsrsrsr!
Mariozinho está dentro do carro do seu pai, quando avista duas jovens na calçada...

- Pai, quem são aquelas senhoras?
O pai meio embaraçado, responde: - Não interessa filho... Olhe antes para esta loja... Já viu os lindos brinquedos que tem?
- Sim, sim, já vi. Mas... quem são as senhoras e o que é que estão fazendo ali paradas?
- São... são. São senhoras que vendem na rua.
- Ah, sim?! Mas vendem o quê?? - Pergunta admirado o garoto.

- Vendem.... vendem... Sei lá... vendem um pouco de prazer.

O garoto começa a refletir sobre o que o pai lhe disse, e quando chega em casa, abre a sua carteira com a intenção de ir comprar um pouco de prazer
Estava com sorte! Podia comprar 50 reais de prazer!
No dia seguinte vai ver uma prostituta e pergunta-lhe:
- Desculpe, minha senhora, mas pode-me vender 50 reais de prazer, por favor?
A mulher fica admirada, e por momentos não sabe o que dizer, mas como a vida está difícil, ela aceita. Porém, como não poderia agir de forma 'normal' com o garotinho, leva o garoto para casa dela e prepara-lhe seis pequenas tortas bem gostosas de morango e chocolate.
Já era tarde quando o garoto chega em casa.
O seu pai, preocupado pela demora do filho, pergunta-lhe onde ele tinha estado. O garoto olha para o pai e diz:
- Fui ver uma das senhoras que nós vimos ontem, para lhe comprar um pouco de prazer!
O pai fica amarelo:
- E... e então.... como é que se passou?
- Bom, as quatro primeiras não tive dificuldade em comer, a quinta levei quase uma hora e a sexta foi com muito sacrifício. Tive quase que empurrar para dentro com o dedo, mas comi mesmo assim. Ao final estava todo lambuzado, melequei todo o chão, e a senhora me convidou para voltar amanhã,mas para ser sincero ao senhor eu só tive prazer nas três primeiras , as outras só comi para mostrar que sou homem mesmo, posso ir amanhã novamente, pai
O pai desmaiou

ALEGRIA

Só pra descontrair um pouco! rrsrsrsr!
por Nonato Nery, domingo, 10 de julho de 2011 às 14:50
Sua nota foi criada.
Só pra descontrair um pouco! rrsrsrsr!
Mariozinho está dentro do carro do seu pai, quando avista duas jovens na calçada...

- Pai, quem são aquelas senhoras?
O pai meio embaraçado, responde: - Não interessa filho... Olhe antes para esta loja... Já viu os lindos brinquedos que tem?
- Sim, sim, já vi. Mas... quem são as senhoras e o que é que estão fazendo ali paradas?
- São... são. São senhoras que vendem na rua.
- Ah, sim?! Mas vendem o quê?? - Pergunta admirado o garoto.

- Vendem.... vendem... Sei lá... vendem um pouco de prazer.

O garoto começa a refletir sobre o que o pai lhe disse, e quando chega em casa, abre a sua carteira com a intenção de ir comprar um pouco de prazer
Estava com sorte! Podia comprar 50 reais de prazer!
No dia seguinte vai ver uma prostituta e pergunta-lhe:
- Desculpe, minha senhora, mas pode-me vender 50 reais de prazer, por favor?
A mulher fica admirada, e por momentos não sabe o que dizer, mas como a vida está difícil, ela aceita. Porém, como não poderia agir de forma 'normal' com o garotinho, leva o garoto para casa dela e prepara-lhe seis pequenas tortas bem gostosas de morango e chocolate.
Já era tarde quando o garoto chega em casa.
O seu pai, preocupado pela demora do filho, pergunta-lhe onde ele tinha estado. O garoto olha para o pai e diz:
- Fui ver uma das senhoras que nós vimos ontem, para lhe comprar um pouco de prazer!
O pai fica amarelo:
- E... e então.... como é que se passou?
- Bom, as quatro primeiras não tive dificuldade em comer, a quinta levei quase uma hora e a sexta foi com muito sacrifício. Tive quase que empurrar para dentro com o dedo, mas comi mesmo assim. Ao final estava todo lambuzado, melequei todo o chão, e a senhora me convidou para voltar amanhã,mas para ser sincero ao senhor eu só tive prazer nas três primeiras , as outras só comi para mostrar que sou homem mesmo, posso ir amanhã novamente, pai
O pai desmaiou

RAIMUNDONERYSOUSA: MARINA

RAIMUNDONERYSOUSA: MARINA: "As principais frases de Marina Silva sobre sua saída do PV 09/07/2011 tags: brasil, frases, marina silva, Nova Política, por jornalistama..."

MARINA

As principais frases de Marina Silva sobre sua saída do PV
09/07/2011
tags: brasil, frases, marina silva, Nova Política,
por jornalistamasini
Muita coisa foi dita durante o Encontro Por Uma Nova Política e na entrevista coletiva pós Encontro. O evento que marcou a desfiliação de Marina Silva do Partido Verde ocorreu na quinta-feira, dia 7 de julho, no Espaço Crisantempo (rua Fidalga, 521, Vila Madalena, São Paulo).
Resolvi reunir as principais que foram ditas em um único post, para facilitar a compreensão dos fatos de todos. Quem quiser minha opinião sobre a desfiliação de Marina do PV leia este post.
Ajude a compor esse texto. Envie outras frases ditas durante o evento. Deixe-as nos comentários que eu vou incorporando ao post.

Frases de Marina

“Vou manter minha coerência e seguir em frente. Esse é o sentido de nosso gesto. Não se trata de uma saída pragmática, com olhos postos em calendários eleitorais. Ao contrário, é a negação do pragmatismo a qualquer preço”
“Não é hora de ser pragmática, é hora de ser ‘sonhática’”.
“Não é o fim, é o início”.
“A experiência no PV serviu para sentir até que ponto o sistema político brasileiro está empedernido e sem capacidade de abrir-se para sua própria renovação. Os partidos tornaram-se “máquinas obcecadas pelo poder em si e cada vez mais distantes do mandato de serviço que estão obrigados a prestar à população”.
“Não podemos negar a tristeza pelo que está acontecendo na política, no sistema político e nas instituições brasileiras. É só vermos os casos que estão aí falando por si mesmos”.
“Espero que o PV possa se refazer para poder metabolizar isso que nós suscitamos na sociedade. Lamentavelmente (agora) não foi possível e eu não vou ser incoerente com aquilo que faço e aquilo que eu falo”.
“É essa a causa que nos move e nos faz reconhecer que o propósito de levar adiante por meio do PV, na forma em que foi estruturado, não foi possível. Vamos nos reencontrar com nosso potencial para mudar o que precisa ser mudado e preservar o que precisa ser preservado”.
“Sabemos de sua importância (partidos), de seu papel, mas não podemos fechar os olhos para seus desvios. Devemos exigir que saiam de suas velhas práticas e acordem para o presente. Espero que esse movimento possa ajudar nessa transformação. Quando me perguntam o que vou fazer com os 20 milhões de votos, eu dizia que os votos não são meus. Não é uma herança, é um legado.”
“A gente começa os processos com grandes ideais, o problema é que a gente põe o ideal na popa, como um efeito, um adorno. O ideal tem que estar na proa, a nos guiar. Não é um símbolo. Símbolo é coisa morta, usada por qualquer um de acordo com seus interesses. O ideal tem que estar dentro de nós, a nos mover.”
“Pudemos perceber que as pessoas podem participar da política independente das estruturas e das alianças e fazer da sua participação algo relevante. Vimos o Brasil integrado aos movimentos que estão acontecendo no mundo”.
“O movimento, que é uma nova forma de fazer política, deve estar dentro de todos os partidos. Eu tenho conversado com a Heloísa Helena e ela tem sinalizado muito fortemente que estará junto”.
“O movimento está aberto para quem é de partido, quem não é de partido, para outros partidos e pessoas. Por isso não houve em nenhum momento a intenção de que isso fosse colocado como um partido. Acho que tem que ter um tempo para metabolizar isso, até para ver se a gente tem densidade política, teórica, de propostas e fundamentos. Não se faz um partido para concorrer às eleições. Imagine o que é fazer um partido já com uma somatória de interesses para concorrer as eleições em 2012. Não, de jeito nenhum. Agora vamos discutir até que isso se coloque”.
“A política não é monopólio dos partidos. O sistema político brasileiro está estagnado e os partidos também. Viraram máquina de disputar o poder pelo poder.”
“Se eu defendo a democracia como é que eu vou justificar um partido que não faz eleição para escolher seus dirigentes? Que nomeia os dirigentes e os afasta ao bel prazer do seu presidente o quem quer que seja”.
“Não sou candidata a priori, não vou ficar na cadeira cativa de candidata. Eu não sei. Se não sei, não posso dizer que sou. E se não sei, não posso dizer que não sou. “Se em 2014, com legitimidade, as circunstâncias da política do Brasil exigirem um passo nesta direção, eu peço a Deus coragem para dá-lo. Neste momento eu não sei se serei candidata ou não. Neste momento é bom, porque quando você fica candidato, tudo o que você faz já tem um passo marcado”.
“Vou ajudar no cotidiano, nas políticas boas que a presidente venha a fazer. Só que será uma ajuda livre, sem favores ou troca de cargos. É a melhor ajuda que alguém pode dar e a melhor ajuda que alguém pode receber”.
“Podia nem ter sido candidata. Buscava uma ferramenta para romper a velha política” – em resposta se o motivo de sua filiação ao PV foi eleitoral, para disputar a Presidência em 2010.
“Temos que abaixar a ansiedade com essa coisa de ser visto. Não vou ficar com uma melancia no pescoço, fazendo cambalhota para ser vista”. “Vou entrar nas causas que são importantes e justas, mesmo que sejam causas perdidas”, disse, citando a luta contra as mudanças no Código Florestal. “Estou nessa agenda há muito tempo e jamais deixaria de estar por não ter a certeza do sucesso.

DECISÃO COERENTE DE MARINA

Decisão coerente de Marina Silva
09/07/2011
tags: brasil, comportamento, marina silva, política, PV
por jornalistamasini


A maioria já está ciente da saída de Marina Silva do Partido Verde (PV), mesmo os que, sem esperanças, passam de largo quando o assunto é política. Eu fazia parte deste grupo, diga-se de passagem. Algo que foi mudado desde o dia que aceitei o desafio profissional de integrar a equipe de Mídias Sociais da ex-presidenciável Marina*.

Justo eu que relutei tanto em trabalhar com política. Rendi-me ao discurso de Marina, sempre baseado na coerência e pensando (mesmo) nas causas de um Brasil Justo e Sustentável. Não, não me tornei “ecocapitalista” termo comumente usado por extremistas e alimentadores da #VelhaPolitica. A palavra sustentabilidade é muito maior e não deve ser reduzida, apenas, a ecologia ou a cuidar da natureza.

O PV prometeu mundos e fundos ao convidar Marina a se candidatar ao cargo de presidente nas eleições de 2010. Pós eleição, os meses foram passando e nada do partido cumprir o que prometeu, entre eles o de se renovar e torná-lo realmente importante. O PV não conseguiu se desvencilhar da cultura política brasileira.

“O PV não foi capaz de dar perspectiva aos 20 milhões de votos de Marina. É necessário outro instrumento, um movimento que possa de fato incorporar esses eleitores. Estamos pensando em um movimento em rede, com elaboração de teses, propostas, e eleições de pessoas para cargos de coordenação que sejam de fato democráticas” [Sirkis]

Muitos discordam de suas idéias (isso é natural), mas acho difícil duvidar, pelo menos até hoje, de sua integridade ética. Marina tem feito política para além do fisiologismo, do troca-troca, da barganha e do imediatismo, portanto, ela não foi ou é oportunista como alguns querem rotulá-la. Sim, ela saiu do PT e, agora, do PV, mas isso também nada tem a ver com falta de punho ou falta de poder político, como querem fazer colar os que corroboram com o jeitão da #VelhaPolitica , inclusive alguns articulistas da mídia clássica, que tentam minimizar o ícone internacional que Marina é. Mesmo com a pressão contra da #VelhaPolitica , Marina tem conclamado mais e mais pessoas para um grande debate nacional sobre o nosso futuro e para uma #NovaPolitica.

“Marina Silva mantém sua coerência e inteireza ética. Saiu do PT porque este não assumia a sustentabilidade e do PV por não querer se reformar” [Leonardo Boff]

Não voto em partidos. Nunca votei. (Re)conheço a importância (infelizmente) que legendas possuem dentro do cenário político. Mas prefiro escolher a pessoa. Portanto, compartilho com a opinião (abaixo) do cineasta Fernando Meirelles dada ao Estadão.

“Votei na Marina (Silva) e no Guilherme (Guilherme Leal, vice), mas, principalmente, nas ideias que defendem, não no PV. Não tenho muitas dúvidas de que o que ela representa hoje é maior do que o que sobrará para o partido. O Penna (José Luiz Penna, presidente nacional da sigla) e sua turma podem ter perdido a oportunidade de renovar o partido e torná-lo realmente importante. Desculpe o trocadilho, mas o Partido Verde não quis amadurecer. A Marina é uma das raras figuras públicas 100% fiel às ideias que defende, e não a grupos ou partidos. Politicamente, ela pode até sair enfraquecida, uma vez que perde uma base, mas não é isso o que parece guiá-la. Se não for para por em prática o que acredita, não vale a pena”. [Fernando Meirelles]

* Iniciei o trabalho nas Mídias Sociais da campanha presidencial da Marina Silva em junho de 2010, em São Paulo, no comitê do PV na Vila Madalena, em São Paulo. A integração entre assessoria de imprensa e equipe de mídias sociais foi fundamental para o sucesso do trabalho. De lá pra cá, continuo o trabalho nas redes sociais da Marina e também da Copersucar (Via MVL Comunicação – ), mas em home office, de Franca-SP.

RAIMUNDONERYSOUSA: O PDOT-DF E O PPCUB

RAIMUNDONERYSOUSA: O PDOT-DF E O PPCUB: "Informe Ambiental PDOT-DF e PPCUB Aos amigos que estão sempre presentes em defesa de Brasília e do DF, vale a pena lembrar alguns pontos s..."

O PDOT-DF E O PPCUB

Informe Ambiental PDOT-DF e PPCUB

Aos amigos que estão sempre presentes em defesa de Brasília e do DF, vale a pena lembrar alguns pontos sobre estes dois Planos : o PDOT-DF e o PPCUB:
PDOT-DF:

1. A minuta de Projeto de Lei Complementar que foi apresentada ao CONPLAN( órgão máximo de deliberação do GDF) , após a Audiência Pública, NÃO FOI DIVULGADA;

2. A SEDHAB NÃO DIVULGOU QUAIS OS PONTOS E PROPOSIÇOES APRESENTADAS NA AUDIÊNCIA PÚBLICA, pela sociedadae, que foram acatados ou rejeitados, e por que razõe técnica, apesar de terem se responsabilizado na Audiência que isso ocorreria; ao contrário, encaminharam para aprovação do CONPLAN, onde duas importantes entidades NÃO APROVARAM: o IOnstituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal – IAB-DF e a Universidade de Brasíia – UnB;

3. Nenhuma dessas versões deste Governo foi objeto de apreciação do CONSELHO DO MEIO AMBIENTE – CONAM-DF, embora a SEDHAB tenha sido convidada oficialmente, POR DELIBERAÇÃO DO COLEGIADO, aapresentar a proposição para aquele CONAM apreciar e deliberar sobre os impactos da proposta no meio ambiente do DF;

4. Ao contrário, a SEDHAB deu proceguimento ao processo e não apresentou o documento para apreciação do CONAM-DF, que em sua última reuniao DELIBEROU NOVAMENTE QUE A SEDHAB APRESENTE O DOCUMENTO AO COLEGIADO, QUE DELIBERARÁ COM OU SEM A PRESENÇA DAQUELA SECRETARIA, CONFORME SUAS ATRIBUIÇÕES;

5. Os conteúdos que foram divulgados, da “adequação” do PDOT-DF, pela SEDHAB, extrapolam os itens objeto de “suprir lacunas” deixadas pelo julgamento da ADI, pelo TJ-DF, afrontando RECOMENDAÇÃO do MPDFT e a própria Lei Orgânica do Distrito Federal;

6. Esse procedimento coloca “sob suspeita” a proposição, tanto sob o aspecto de participação popular quanto de constitucionalidade, uma vez que à REVISÃO DO pdot-df, COM PROPOSIÇOES NOVAS, ALÉM DE ESTAREM FORA DO PRAZO DETERMINADO PELA LEI ORGÂNICA, TERIAM DE SER SUBMETIDAS À DELIBERAÇÃO DA SOCIEDADE, O QUE NÃO ACONTECEU.

7. Qual será a versão aprovada pelo CONPLAN e que o Executivo encaminhará para o Poder Legislativo, à revelia da Lei Orgânica e da participação popular?

8. Também há deficiência no processo de divulgação, sendo que a SEDHAB utilizou únnica e exclusivamente o meio eletrônic,excluindo toda a população que NÃO TEM ACESSO A ESSE MEIO.

PPCUB:
1. Vale lembrar que não última Audiência Pública, a SEDHAB “sensurou” o documento produzido pela empresa contratada, e divulgou apenas o que queria. A sociedade tem o direito de acesso a TODO O MATERIAL PRODUZIDO PELA EMPRESA, QUE AFINAL ESTÁ SENDO PAGA COM RECURSOS PÚBLICS, E A SECRETARIA DO GDF NÃO TEM PAPEL DISCRICIOHÁRIO DE SENSURA.
2. Não se tem conhecimento da divulgação dessas reuniões Plenárias do Prognóstico, nos termos em que a Lei determina ( ampla divulgação, em jornais e meios de comunicação de amplo acesso da população), além do período escolhido ter sido o pior : período de férias, quando grande parte da população de Brasília sai da cidade, pela oportunidade das férias escolares;
3. Na Audiência Pública do PDOT-DF, várias foram as reivindicações de retirar daquele Plano questões pontuais de Brasília, inclusive que ferem o instrumento do Tombamento (Portaria 314/92), de hierarquia superior a qualquer destes instrumentos locais, o que NÃO FOI ATENDIDO, reafirmando a intenção do GDFem fazer desse PPCUB, ao contrário de PRESERVAR BRASÍLIA, LEGITIMAR ALTERAÇÕES QUE, INCLUSIVE, A POPULAÇÃO NÃO ACEITA.
4. Dois exemplos claros são: os puxadinhos dos comércios da Asa Sul ( vedados pela Portaira 314/92) e a permissão de uso misto nas quadras 700. Estas duas propostas foram, desde o início, REPUDIADAS PELA POPULAÇÃO, PELOS MORADORES E IGNORADAS PELA GDF. A primeira, inclusive, recebeu Lei autorizando esse absurdo, com a aquiescência do órgão federal – IPHAN, que deveria exigir o cumprimento dos termos da Portaria 314/92 e não negociar um, dois ou mais metros de regularização de invasão ( totalmente à revelia do Instrumento jurídico de Tombamaento). Pelo que se sabe, aquela Superintendência NÃO TEM PODER DISCRICIONÁRIO PARA INTERPRETAR ESSE INSTRUMENTO DIFERENTEMENTE DO QUE NELE ESTÁ EXPRESSO. E no caso das Quadras 700, há muito que os moradores de Brasília também se colocam contrários ao uso mixto, e é como se nada estivesse ocorrendo.
5. Cabe questionar todo o processo de participação popuolar, a quem tem servido, e para que tem sido utilizado, se decisões do Estado têm sido contrárias às manifestações da população. Sequer raz/ões e justificativas técnicas fporam apresentadas, senão atender ao PODER ECONÔMICO, NA CONTRA MÃO DO INTERESSE PÚBLICO.
6. É fundamental ter essas retrospectivas para sabermos a que vêm as “reuniões plenárias” do PPCUB, face a todo o comportamento e procedimento dos Poderes Executivo e Legislativo, conforme exemplos acima lembrados ( dos muitos que podemos enunciar).
7. Vale lembrar, também, que a preservação de Brasília como Patrimônio Histórico Nacional e cultural da Humanidade é questão de interesse Nacional, portanto, a Procuradoria da República do Distrito Federal deverá ser acionada em defesa desse Patrimônio, que até agora tem sido deturpado, inclusive pelo IPHAN.

Brasília, 06 de julho de 2011

Tânia Battella
Federação em Defesa do Distrito Federal

RAIMUNDONERYSOUSA: PERSEVERAR NA ORAÇÃO SEM CESSAR (13)

RAIMUNDONERYSOUSA: PERSEVERAR NA ORAÇÃO SEM CESSAR (13): "PERSEVERAR NA ORAÇÃO SEM CESSAR (13)"

PERSEVERAR NA ORAÇÃO SEM CESSAR (13)

PERSEVERAR NA ORAÇÃO SEM CESSAR (13)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

RAIMUNDONERYSOUSA: BRASIL UMA PERPÉTUA COLÔNIA IMPERIALISTA

RAIMUNDONERYSOUSA: BRASIL UMA PERPÉTUA COLÔNIA IMPERIALISTA

BRASIL UMA PERPÉTUA COLÔNIA IMPERIALISTA

  Agenda 21 Taguatinga-DF:    Notícias

  Agenda 21 Taguatinga-DF:    Notícias: "Parque da Cidade, Parque Olhos D'Água, Jardim Botânico, Parque Nacional de Brasília, Água Mineral.   Notícias  Taguatinga é contemp..."

RAIMUNDONERYSOUSA:   Agenda 21 Taguatinga-DF:    Notícias

RAIMUNDONERYSOUSA:   Agenda 21 Taguatinga-DF:    Notícias: "  Agenda 21 Taguatinga-DF:    Notícias : 'Parque da Cidade, Parque Olhos D'Água, Jardim Botânico, Parque Nacional de Brasília, Água Mineral...."

  Agenda 21 Taguatinga-DF:    Notícias

  Agenda 21 Taguatinga-DF:    Notícias: "Parque da Cidade, Parque Olhos D'Água, Jardim Botânico, Parque Nacional de Brasília, Água Mineral.   Notícias  Taguatinga é contemp..."

segunda-feira, 27 de junho de 2011


Alguém já imaginou que a Dilma foi sempre uma marionete, manipulada pelo gênio Palocci? QUE Manipulava o mamulengo Lula? Só o Pinóquio recebeu o sopro de vida porque Pietro era um homem decente ; fervoroso; amoroso e perseverante.
http://www.carbonobrasil.com/arquivos_web/documentos/CDS%20UnB%20Marcus%20Vinicius%20

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domingo, 26 de junho de 2011

Como identificar um verdadeiro cristão (2/2) Final

Como identificar um verdadeiro cristão (1/2)

Todos devem assistir esse vídeo ao menos uma vez!!!

Judeus em NY e Recife Parte 2

Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco

Pai-nosso (aramaico)

Pai-nosso (aramaico)

Oração do Pai Nosso em Aramaico com Tradução

segunda-feira, 20 de junho de 2011

HARMONIA FAMILIAR

Se você estiver bem acordado passe para quem estiver dormindo...
Eu estava quase dormindo...





O que é de fato significativo?


O filho que muitas vezes não limpa o quarto e fica vendo televisão, significa que...
Ele está em casa!

A desordem que tenho que limpar depois de uma festa, significa que...
Estivemos rodeados de familiares e amigos!

As roupas que estão apertadas significam que... Tenho mais do que o suficiente para comer!

O trabalho que tenho em limpar a casa significa que...
Tenho uma casa!

As queixas que escuto acerca do governo significam que...
Tenho liberdade de expressão!

Não encontro estacionamento significa que...
Tenho um carro!

Os gritos das crianças significam que...
Posso ouvir!

O cansaço no final do dia significa que...
Posso trabalhar!

O despertador que me acorda todas as manhãs significa que...
Estou vivo!

Finalmente, pela quantidade de mensagens que recebo, significa que...
Tenho amigos pensando em mim!

QUANDO VOCÊ PENSAR QUE A VIDA VAI MAL... LEIA OUTRA VEZ ESTA MENSAGEM!!!
PARTIDO DA CONSCIÊNCIA SOCIOAMBIENTAL SUSTENTÁVEL

sábado, 30 de abril de 2011

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO PROCESSO FORMATIVO DO POVO BRASILEIRO

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO PROCESSO FORMATIVO DO POVO BRASILEIRO

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL


PERÍODO DA SEGUNDA REPÚBLICA





O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova
(1932)


A RECONSTRUÇÃO EDUCACIONAL NO BRASIL - AO POVO E AO GOVERNO

Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação. Nem mesmo os de caráter econômico lhe podem disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional. Pois, se a evolução orgânica do sistema cultural de um país depende de suas condições econômicas, é impossível desenvolver as forças econômicas ou de produção, sem o preparo intensivo das forças culturais e o desenvolvimento das aptidões à invenção e à iniciativa que são os fatores fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade. No entanto, se depois de 43 anos de regime republicano, se der um balanço ao estado atual da educação pública, no Brasil, se verificará que, dissociadas sempre as reformas econômicas e educacionais, que era indispensável entrelaçar e encadear, dirigindo-as no mesmo sentido, todos os nossos esforços, sem unidade de plano e sem espírito de continuidade, não lograram ainda criar um sistema de organização escolar, à altura das necessidades modernas e das necessidades do país. Tudo fragmentário e desarticulado. A situação atual, criada pela sucessão periódica de reformas parciais e freqüentemente arbitrárias, lançadas sem solidez econômica e sem uma visão global do problema, em todos os seus aspectos, nos deixa antes a impressão desoladora de construções isoladas, algumas já em ruína, outras abandonadas em seus alicerces, e as melhores, ainda não em termos de serem despojadas de seus andaimes...
Onde se tem de procurar a causa principal desse estado antes de inorganização do que de desorganização do aparelho escolar, é na falta, em quase todos os planos e iniciativas, da determinação dos fins de educação (aspecto filosófico e social) e da aplicação (aspecto técnico) dos métodos científicos aos problemas de educação. Ou, em poucas palavras, na falta de espírito filosófico e científico, na resolução dos problemas da administração escolar. Esse empirismo grosseiro, que tem presidido ao estudo dos problemas pedagógicos, postos e discutidos numa atmosfera de horizontes estreitos, tem as suas origens na ausência total de uma cultura universitária e na formação meramente literária de nossa cultura. Nunca chegamos a possuir uma "cultura própria", nem mesmo uma "cultura geral" que nos convencesse da "existência de um problema sobre objetivos e fins da educação". Não se podia encontrar, por isto, unidade e continuidade de pensamento em planos de reformas, nos quais as instituições escolares, esparsas, não traziam, para atraí-las e orientá-las para uma direção, o pólo magnético de uma concepção da vida, nem se submetiam, na sua organização e no seu funcionamento, a medidas objetivas com que o tratamento científico dos problemas da administração escolar nos ajuda a descobrir, à luz dos fins estabelecidos, os processos mais eficazes para a realização da obra educacional.
Certo, um educador pode bem ser um filósofo e deve ter a sua filosofia de educação; mas, trabalhando cientificamente nesse terreno, ele deve estar tão interessado na determinação dos fins de educação, quanto também dos meios de realizá-los. O físico e o químico não terão necessidade de saber o que está e se passa além da janela do seu laboratório. Mas o educador, como o sociólogo, tem necessidade de uma cultura múltipla e bem diversa; as alturas e as profundidades da vida humana e da vida social não devem estender-se além do seu raio visual; ele deve ter o conhecimento dos homens e da sociedade em cada uma de suas fases, para perceber, além do aparente e do efêmero, "o jogo poderoso das grandes leis que dominam a evolução social", e a posição que tem a escola, e a função que representa, na diversidade e pluralidade das forças sociais que cooperam na obra da civilização. Se têm essa cultura geral, que lhe permite organizar uma doutrina de vida e ampliar o seu horizonte mental, poderá ver o problema educacional em conjunto, de um ponto de vista mais largo, para subordinar o problema pedagógico ou dos métodos ao problema filosófico ou dos fins da educação; se tem um espírito científico, empregará os métodos comuns a todo gênero de investigação científica, podendo recorrer a técnicas mais ou menos elaboradas e dominar a situação, realizando experiências e medindo os resultados de toda e qualquer modificação nos processos e nas técnicas, que se desenvolveram sob o impulso dos trabalhos científicos na administração dos serviços escolares.

Movimento de renovação educacional
À luz dessas verdades e sob a inspiração de novos ideais de educação, é que se gerou, no Brasil, o movimento de reconstrução educacional, com que, reagindo contra o empirismo dominante, pretendeu um grupo de educadores, nestes últimos doze anos, transferir do terreno administrativo para os planos político-sociais a solução dos problemas escolares. Não foram ataques injustos que abalaram o prestígio das instituições antigas; foram essas instituições criações artificiais ou deformadas pelo egoísmo e pela rotina, a que serviram de abrigo, que tornaram inevitáveis os ataques contra elas. De fato, porque os nossos métodos de educação haviam de continuar a ser tão prodigiosamente rotineiros, enquanto no México, no Uruguai, na Argentina e no Chile, para só falar na América espanhola, já se operavam transformações profundas no aparelho educacional, reorganizado em novas bases e em ordem a finalidades lucidamente descortinadas? Porque os nossos programas se haviam ainda de fixar nos quadros de segregação social, em que os encerrou a república, há 43 anos, enquanto nossos meios de locomoção e os processos de indústria centuplicaram de eficácia, em pouco mais de um quartel de século? Porque a escola havia de permanecer, entre nós, isolada do ambiente, como uma instituição enquistada no meio social, sem meios de influir sobre ele, quando, por toda a parte, rompendo a barreira das tradições, a ação educativa já desbordava a escola, articulando-se com as outras instituições sociais, para estender o seu raio de influência e de ação?
Embora, a princípio, sem diretrizes definidas, esse movimento francamente renovador inaugurou uma série fecunda de combates de idéias, agitando o ambiente para as primeiras reformas impelidas para urna nova direção. Multiplicaram-se as associações e iniciativas escolares, em que esses debates testemunhavam a curiosidade dos espíritos, pondo em circulação novas idéias e transmitindo aspirações novas com um caloroso entusiasmo. Já se despertava a consciência de que, para dominar a obra educacional, em toda a sua extensão, é preciso possuir, em alto grau, o hábito de se prender, sobre bases sólidas e largas, a um conjunto de idéias abstratas e de princípios gerais, com que possamos armar um ângulo de observação, para vermos mais claro e mais longe e desvendarmos, através da complexidade tremenda dos problemas sociais, horizontes mais vastos. Os trabalhos científicos no ramo da educação já nos faziam sentir, em toda a sua força reconstrutora, o axioma de que se pode ser tão científico no estudo e na resolução dos problemas educativos, como nos da engenharia e das finanças. Não tardaram a surgir, no Distrito Federal e em três ou quatro Estados as reformas e, com elas, as realizações, com espírito científico, e inspiradas por um ideal que, modelado à imagem da vida, já lhe refletia a complexidade. Contra ou a favor, todo o mundo se agitou. Esse movimento é hoje uma idéia em marcha, apoiando-se sobre duas forças que se completam: a força das idéias e a irradiação dos fatos.

Diretrizes que se esclarecem
Mas, com essa campanha, de que tivemos a iniciativa e assumimos a responsabilidade, e com a qual se incutira, por todas as formas, no magistério, o espírito novo, o gosto da crítica e do debate e a consciência da necessidade de um aperfeiçoamento constante, ainda não se podia considerar inteiramente aberto o caminho às grandes reformas educacionais. É certo que, com a efervescência intelectual que produziu no professorado, se abriu, de uma vez, a escola a esses ares, a cujo oxigênio se forma a nova geração de educadores e se vivificou o espírito nesse fecundo movimento renovador no campo da educação pública, nos últimos anos. A maioria dos espíritos, tanto da velha como da nova geração ainda se arrastam, porém, sem convicções, através de um labirinto de idéias vagas, fora de seu alcance, e certamente, acima de sua experiência; e, porque manejam palavras, com que já se familiarizaram, imaginam muitos que possuem as idéias claras, o que lhes tira o desejo de adquiri-las... Era preciso, pois, imprimir uma direção cada vez mais firme a esse movimento já agora nacional, que arrastou consigo os educadores de mais destaque, e levá-lo a seu ponto culminante com uma noção clara e definida de suas aspirações e suas responsabilidades. Aos que tomaram posição na vanguarda da campanha de renovação educacional, cabia o dever de formular, em documento público, as bases e diretrizes do movimento que souberam provocar, definindo, perante o público e o governo, a posição que conquistaram e vêm mantendo desde o início das hostilidades contra a escola tradicional.

Reformas e a Reforma
Se não há país "onde a opinião se divida em maior número de cores, e se não se encontra teoria que entre nós não tenha adeptos", segundo já observou Alberto Torres, princípios e idéias não passam, entre nós, de "bandeira de discussão, ornatos de polêmica ou simples meio de êxito pessoal ou político". Ilustrados, as vezes, e eruditos, mas raramente cultos, não assimilamos bastante as idéias para se tornarem um núcleo de convicções ou um sistema de doutrina, capaz de nos impelir à ação em que costumam desencadear-se aqueles "que pensaram sua vida e viveram seu pensamento". A interpenetração profunda que já se estabeleceu, em esforços constantes, entre as nossas idéias e convicções e a nossa vida de educadores, em qualquer setor ou linha de ataque em que tivemos de desenvolver a nossa atividade já denuncia, porém, a fidelidade e o vigor com que caminhamos para a obra de reconstrução educacional, sem estadear a segurança de um triunfo fácil, mas com a serena confiança na vitória definitiva de nossos ideais de educação. Em lugar dessas reformas parciais, que se sucederam, na sua quase totalidade, na estreiteza crônica de tentativas empíricas, o nosso programa concretiza uma nova política educacional, que nos preparará, por etapas, a grande reforma, em que palpitará, com o ritmo acelerado dos organismos novos, o músculo central da estrutura política e social da nação.
Em cada uma das reformas anteriores, em que impressiona vivamente a falta de uma visão global do problema educativo, a força inspiradora ou a energia estimulante mudou apenas de forma, dando soluções diferentes aos problemas particulares. Nenhuma antes desse movimento renovador penetrou o âmago da questão, alterando os caracteres gerais e os traços salientes das reformas que o precederam. Nós assistíamos à aurora de uma verdadeira renovação educacional, quando a revolução estalou. Já tínhamos chegado então, na campanha escolar, ao ponto decisivo e climatérico, ou se o quiserdes, à linha de divisão das águas. Mas, a educação que, no final de contas, se resume logicamente numa reforma social, não pode, ao menos em grande proporção, realizar-se senão pela ação extensa e intensiva da escola sobre o indivíduo e deste sobre si mesmo nem produzir-se, do ponto de vista das influências exteriores, senão por uma evolução contínua, favorecida e estimulada por todas as forças organizadas de cultura e de educação. As surpresas e os golpes de teatro são impotentes para modificarem o estado psicológico e moral de um povo. É preciso, porém, atacar essa obra, por um plano integral, para que ela não se arrisque um dia a ficar no estado fragmentário, semelhante a essas muralhas pelágicas, inacabadas, cujos blocos enormes, esparsos ao longe sobre o solo, testemunham gigantes que os levantaram, e que a morte surpreendeu antes do cortamento de seus esforços...

Finalidades da educação
Toda a educação varia sempre em função de uma "concepção da vida", refletindo, em cada época, a filosofia predominante que é determinada, a seu turno, pela estrutura da sociedade. E' evidente que as diferentes camadas e grupos (classes) de uma sociedade dada terão respectivamente opiniões diferentes sobre a "concepção do mundo", que convém fazer adotar ao educando e sobre o que é necessário considerar como "qualidade socialmente útil". O fim da educação não é, como bem observou G. Davy, "desenvolver de maneira anárquica as tendências dominantes do educando; se o mestre intervém para transformar, isto implica nele a representação de um certo ideal à imagem do qual se esforça por modelar os jovens espíritos". Esse ideal e aspiração dos adultos toma-se mesmo mais fácil de apreender exatamente quando assistimos à sua transmissão pela obra educacional, isto é, pelo trabalho a que a sociedade se entrega para educar os seus filhos. A questão primordial das finalidades da educação gira, pois, em torno de uma concepção da vida, de um ideal, a que devem conformar-se os educandos, e que uns consideram abstrato e absoluto, e outros, concreto e relativo, variável no tempo e no espaço. Mas, o exame, num longo olhar para o passado, da evolução da educação através das diferentes civilizações, nos ensina que o "conteúdo real desse ideal" variou sempre de acordo com a estrutura e as tendências sociais da época, extraindo a sua vitalidade, como a sua força inspiradora, da própria natureza da realidade social.
Ora, se a educação está intimamente vinculada à filosofia de cada época, que lhe define o caráter, rasgando sempre novas perspectivas ao pensamento pedagógico, a educação nova não pode deixar de ser uma reação categórica, intencional e sistemática contra a velha estrutura do serviço educacional, artificial e verbalista, montada para uma concepção vencida. Desprendendo-se dos interesses de classes, a que ela tem servido, a educação perde o "sentido aristológico", para usar a expressão de Ernesto Nelson, deixa de constituir um privilégio determinado pela condição econômica e social do indivíduo, para assumir um "caráter biológico", com que ela se organiza para a coletividade em geral, reconhecendo a todo o indivíduo o direito a ser educado até onde o permitam as suas aptidões naturais, independente de razões de ordem econômica e social. A educação nova, alargando a sua finalidade para além dos limites das classes, assume, com uma feição mais humana, a sua verdadeira função social, preparando-se para formar "a hierarquia democrática" pela "hierarquia das capacidades", recrutadas em todos os grupos sociais, a que se abrem as mesmas oportunidades de educação. Ela tem, por objeto, organizar e desenvolver os meios de ação durável com o fim de "dirigir o desenvolvimento natural e integral do ser humano em cada uma das etapas de seu crescimento", de acordo com uma certa concepção do mundo.
A diversidade de conceitos da vida provém, em parte, das diferenças de classes e, em parte, da variedade de conteúdo na noção de "qualidade socialmente útil", conforme o ângulo visual de cada uma das classes ou grupos sociais. A educação nova que, certamente pragmática, se propõe ao fim de servir não aos interesses de classes, mas aos interesses do indivíduo, e que se funda sobre o princípio da vinculação da escola com o meio social, tem o seu ideal condicionado pela vida social atual, mas profundamente humano, de solidariedade, de serviço social e cooperação. A escola tradicional, instalada para uma concepção burguesa, vinha mantendo o indivíduo na sua autonomia isolada e estéril, resultante da doutrina do individualismo libertário, que teve aliás o seu papel na formação das democracias e sem cujo assalto não se teriam quebrado os quadros rígidos da vida social. A escola socializada, reconstituída sobre a base da atividade e da produção, em que se considera o trabalho como a melhor maneira de estudar a realidade em geral (aquisição ativa da cultura) e a melhor maneira de estudar o trabalho em si mesmo, como fundamento da sociedade humana, se organizou para remontar a corrente e restabelecer, entre os homens, o espírito de disciplina, solidariedade e cooperação, por uma profunda obra social que ultrapassa largamente o quadro estreito dos interesses de classes.

Valores mutáveis e valores permanentes
Mas, por menos que pareça, nessa concepção educacional, cujo embrião já se disse ter-se gerado no seio das usinas e de que se impregnam a carne e o sangue de tudo que seja objeto da ação educativa, não se rompeu nem está a pique de romper-se o equilíbrio entre os valores mutáveis e os valores permanentes da vida humana. Onde, ao contrário, se assegurará melhor esse equilíbrio é no novo sistema de educação, que, longe de se propor a fins particulares de determinados grupos sociais, às tendências ou preocupações de classes, os subordina aos fins fundamentais e gerais que assinala a natureza nas suas funções biológicas. É certo que é preciso fazer homens, antes de fazer instrumentos de produção. Mas, o trabalho que foi sempre a maior escola de formação da personalidade moral, não é apenas o método que realiza o acréscimo da produção social, é o único método susceptível de fazer homens cultivados e úteis sob todos os aspectos. O trabalho, a solidariedade social e a cooperação, em que repousa a ampla utilidade das experiências; a consciência social que nos leva a compreender as necessidades do indivíduo através das da comunidade, e o espírito de justiça, de renúncia e de disciplina, não são, aliás, grandes "valores permanentes" que elevam a alma, enobrecem o coração e fortificam a vontade, dando expressão e valor à vida humana? Um vício das escolas espiritualistas, já o ponderou Jules Simon, é o "desdém pela multidão". Quer-se raciocinar entre si e refletir entre si. Evita de experimentar a sorte de todas as aristocracias que se estiolam no isolamento. Se se quer servir à humanidade, é preciso estar em comunhão com ela...
Certo, a doutrina de educação, que se apoia no respeito da personalidade humana, considerada não mais como meio, mas como fim em si mesmo, não poderia ser acusada de tentar, com a escola do trabalho, fazer do homem uma máquina, um instrumento exclusivamente apropriado a ganhar o salário e a produzir um resultado material num tempo dado. "A alma tem uma potência de milhões de cavalos, que levanta mais peso do que o vapor. Se todas as verdades matemáticas se perdessem, escreveu Lamartine, defendendo a causa da educação integral, o mundo industrial, o mundo material, sofreria sem duvida um detrimento imenso e um dano irreparável; mas, se o homem perdesse uma só das suas verdades morais, seria o próprio homem, seria a humanidade inteira que pereceria". Mas, a escola socializada não se organizou como um meio essencialmente social senão para transferir do plano da abstração ao da vida escolar em todas as suas manifestações, vivendo-as intensamente, essas virtudes e verdades morais, que contribuem para harmonizar os interesses individuais e os interesses coletivos. "Nós não somos antes homens e depois seres sociais, lembra-nos a voz insuspeita de Paul Bureau; somos seres sociais, por isto mesmo que somos homens, e a verdade está antes em que não há ato, pensamento, desejo, atitude, resolução, que tenham em nós sós seu princípio e seu termo e que realizem em nós somente a totalidade de seus efeitos".

O Estado em face da educação
a) A educação, uma função essencialmente pública
Mas, do direito de cada indivíduo à sua educação integral, decorre logicamente para o Estado que o reconhece e o proclama, o dever de considerar a educação, na variedade de seus graus e manifestações, como uma função social e eminentemente pública, que ele é chamado a realizar, com a cooperação de todas as instituições sociais. A educação que é uma das funções de que a família se vem despojando em proveito da sociedade política, rompeu os quadros do comunismo familiar e dos grupos específicos (instituições privadas), para se incorporar definitivamente entre as funções essenciais e primordiais do Estado. Esta restrição progressiva das atribuições da família, - que também deixou de ser "um centro de produção" para ser apenas um "centro de consumo", em face da nova concorrência dos grupos profissionais, nascidos precisamente em vista da proteção de interesses especializados", - fazendo-a perder constantemente em extensão, não lhe tirou a "função específica", dentro do "foco interior", embora cada vez mais estreito, em que ela se confinou. Ela é ainda o "quadro natural que sustenta socialmente o indivíduo, como o meio moral em que se disciplinam as tendências, onde nascem, começam a desenvolver-se e continuam a entreter-se as suas aspirações para o ideal". Por isto, o Estado, longe de prescindir da família, deve assentar o trabalho da educação no apoio que ela dá à escola e na colaboração efetiva entre pais e professores, entre os quais, nessa obra profundamente social, tem o dever de restabelecer a confiança e estreitar as relações, associando e pondo a serviço da obra comum essas duas forças sociais - a família e a escola, que operavam de todo indiferentes, senão em direções diversas e ás vezes opostas.

b) A questão da escola única
Assentado o princípio do direito biológico de cada indivíduo à sua educação integral, cabe evidentemente ao Estado a organização dos meios de o tornar efetivo, por um plano geral de educação, de estrutura orgânica, que torne a escola acessível, em todos os seus graus, aos cidadãos a quem a estrutura social do país mantém em condições de inferioridade econômica para obter o máximo de desenvolvimento de acordo com as suas aptidões vitais. Chega-se, por esta forma, ao princípio da escola para todos, "escola comum ou única", que, tomado a rigor, só não ficará na contingência de sofrer quaisquer restrições, em países em que as reformas pedagógicas estão intimamente ligadas com a reconstrução fundamental das relações sociais. Em nosso regime político, o Estado não poderá, de certo, impedir que, graças à organização de escolas privadas de tipos diferentes, as classes mais privilegiadas assegurem a seus filhos uma educação de classe determinada; mas está no dever indeclinável de não admitir, dentro do sistema escolar do Estado, quaisquer classes ou escolas, a que só tenha acesso uma minoria, por um privilegio exclusivamente econômico. Afastada a idéia do monopólio da educação pelo Estado num país, em que o Estado, pela sua situação financeira não está ainda em condições de assumir a sua responsabilidade exclusiva, e em que, portanto, se torna necessário estimular, sob sua vigilância as instituições privadas idôneas, a "escola única" se entenderá, entre nós, não como "uma conscrição precoce", arrolando, da escola infantil à universidade, todos os brasileiros, e submetendo-os durante o maior tempo possível a uma formação idêntica, para ramificações posteriores em vista de destinos diversos, mas antes como a escola oficial, única, em que todas as crianças, de 7 a 15, todas ao menos que, nessa idade, sejam confiadas pelos pais à escola pública, tenham uma educação comum, igual para todos.

c) A laicidade, gratuidade, obrigatoriedade e coeducação
A laicidade, gratuidade, obrigatoriedade e coeducação são outros tantos princípios em que assenta a escola unificada e que decorrem tanto da subordinação à finalidade biológica da educação de todos os fins particulares e parciais (de classes, grupos ou crenças), como do reconhecimento do direito biológico que cada ser humano tem à educação. A laicidade, que coloca o ambiente escolar acima de crenças e disputas religiosas, alheio a todo o dogmatismo sectário, subtrai o educando, respeitando-lhe a integridade da personalidade em formação, à pressão perturbadora da escola quando utilizada como instrumento de propaganda de seitas e doutrinas. A gratuidade extensiva a todas as instituições oficiais de educação é um princípio igualitário que torna a educação, em qualquer de seus graus, acessível não a uma minoria, por um privilégio econômico, mas a todos os cidadãos que tenham vontade e estejam em condições de recebê-la. Aliás o Estado não pode tornar o ensino obrigatório, sem torná-lo gratuito. A obrigatoriedade que, por falta de escolas, ainda não passou do papel, nem em relação ao ensino primário, e se deve estender progressivamente até uma idade conciliável com o trabalho produtor, isto é, até aos 18 anos, é mais necessária ainda "na sociedade moderna em que o industrialismo e o desejo de exploração humana sacrificam e violentam a criança e o jovem", cuja educação é freqüentemente impedida ou mutilada pela ignorância dos pais ou responsáveis e pelas contingências econômicas. A escola unificada não permite ainda, entre alunos de um e outro sexo outras separações que não sejam as que aconselham as suas aptidões psicológicas e profissionais, estabelecendo em todas as instituições "a educação em comum" ou coeducação, que, pondo-os no mesmo pé de igualdade e envolvendo todo o processo educacional, torna mais econômica a organização da obra escolar e mais fácil a sua graduação.

A função educacional
a) A unidade da função educacional
A consciência desses princípios fundamentais da laicidade, gratuidade e obrigatoriedade, consagrados na legislação universal, já penetrou profundamente os espíritos, como condições essenciais à organização de um regime escolar, lançado, em harmonia com os direitos do indivíduo, sobre as bases da unificação do ensino, com todas as suas conseqüências. De fato, se a educação se propõe, antes de tudo, a desenvolver ao máximo a capacidade vital do ser humano, deve ser considerada "uma só" a função educacional, cujos diferentes graus estão destinados a servir às diferentes fases de seu crescimento, "que são partes orgânicas de um todo que biologicamente deve ser levado à sua completa formação". Nenhum outro princípio poderia oferecer ao panorama das instituições escolares perspectivas mais largas, mais salutares e mais fecundas em conseqüências do que esse que decorre logicamente da finalidade biológica da educação. A seleção dos alunos nas suas aptidões naturais, a supressão de instituições criadoras de diferenças sobre base econômica, a incorporação dos estudos do magistério à universidade, a equiparação de mestres e professores em remuneração e trabalho, a correlação e a continuidade do ensino em todos os seus graus e a reação contra tudo que lhe quebra a coerência interna e a unidade vital, constituem o programa de uma política educacional, fundada sobre a aplicação do princípio unificador que modifica profundamente a estrutura intima e a organização dos elementos constitutivos do ensino e dos sistemas escolares.

b) A autonomia da função educacional
Mas, subordinada a educação pública a interesses transitórios, caprichos pessoais ou apetites de partidos, será impossível ao Estado realizar a imensa tarefa que se propõe da formação integral das novas gerações. Não há sistema escolar cuja unidade e eficácia não estejam constantemente ameaçadas, senão reduzidas e anuladas, quando o Estado não o soube ou não o quis acautelar contra o assalto de poderes estranhos, capazes de impor à educação fins inteiramente contrários aos fins gerais que assinala a natureza em suas funções biológicas. Toda a impotência manifesta do sistema escolar atual e a insuficiência das soluções dadas às questões de caráter educativo não provam senão o desastre irreparável que resulta, para a educação pública, de influencias e intervenções estranhas que conseguiram sujeita-la a seus ideais secundários e interesses subalternos. Dai decorre a necessidade de uma ampla autonomia técnica, administrativa e econômica, com que os técnicos e educadores, que têm a responsabilidade e devem ter, por isto, a direção e administração da função educacional, tenham assegurados os meios materiais para poderem realizá-la. Esses meios, porém, não podem reduzir-se às verbas que, nos orçamentos, são consignadas a esse serviço público e, por isto, sujeitas às crises dos erários do Estado ou às oscilações" do interesse dos governos pela educação. A autonomia econômica não se poderá realizar, a não ser pela instituição de um "fundo especial ou escolar", que, constituído de patrimônios, impostos e rendas próprias, seja administrado e aplicado exclusivamente no desenvolvimento da obra educacional, pelos próprios órgãos do ensino, incumbidos de sua direção.

c) A descentralização
A organização da educação brasileira unitária sobre a base e os princípios do Estado, no espírito da verdadeira comunidade popular e no cuidado da unidade nacional, não implica um centralismo estéril e odioso, ao qual se opõem as condições geográficas do país e a necessidade de adaptação crescente da escola aos interesses e às exigências regionais. Unidade não significa uniformidade. A unidade pressupõe multiplicidade. Por menos que pareça, à primeira vista, não é, pois, na centralização, mas na aplicação da doutrina federativa e descentralizadora, que teremos de buscar o meio de levar a cabo, em toda a República, uma obra metódica e coordenada, de acordo com um plano comum, de completa eficiência, tanto em intensidade como em extensão. À União, na capital, e aos estados, nos seus respectivos territórios, é que deve competir a educação em todos os graus, dentro dos princípios gerais fixados na nova constituição, que deve conter, com a definição de atribuições e deveres, os fundamentos da educação nacional. Ao governo central, pelo Ministério da Educação, caberá vigiar sobre a obediência a esses princípios, fazendo executar as orientações e os rumos gerais da função educacional, estabelecidos na carta constitucional e em leis ordinárias, socorrendo onde haja deficiência de meios, facilitando o intercâmbio pedagógico e cultural dos Estados e intensificando por todas as formas as suas relações espirituais. A unidade educativa, - essa obra imensa que a União terá de realizar sob pena de perecer como nacionalidade, se manifestará então como uma força viva, um espírito comum, um estado de ânimo nacional, nesse regime livre de intercâmbio, solidariedade e cooperação que, levando os Estados a evitar todo desperdício nas suas despesas escolares afim de produzir os maiores resultados com as menores despesas, abrirá margem a uma sucessão ininterrupta de esforços fecundos em criações e iniciativas.

O processo educativo
O conceito e os fundamentos da educação nova
O desenvolvimento das ciências lançou as bases das doutrinas da nova educação, ajustando à finalidade fundamental e aos ideais que ela deve prosseguir os processos apropriados para realizá-los. A extensão e a riqueza que atualmente alcança por toda a parte o estudo científico e experimental da educação, a libertaram do empirismo, dando-lhe um caráter e um espírito nitidamente científico e organizando, em corpo de doutrina, numa série fecunda de pesquisas e experiências, os princípios da educação nova, pressentidos e às vezes formulados em rasgos de síntese, pela intuição luminosa de seus precursores. A nova doutrina, que não considera a função educacional como uma função de superposição ou de acréscimo, segundo a qual o educando é "modelado exteriormente" (escola tradicional), mas uma função complexa de ações e reações em que o espírito cresce de "dentro para fora", substitui o mecanismo pela vida (atividade funcional) e transfere para a criança e para o respeito de sua personalidade o eixo da escola e o centro de gravidade do problema da educação. Considerando os processos mentais, como "funções vitais" e não como "processos em si mesmos", ela os subordina à vida, como meio de utilizá-la e de satisfazer as suas múltiplas necessidades materiais e espirituais. A escola, vista desse ângulo novo que nos dá o conceito funcional da educação, deve oferecer à criança um meio vivo e natural, "favorável ao intercâmbio de reações e experiências", em que ela, vivendo a sua vida própria, generosa e bela de criança, seja levada "ao trabalho e à ação por meios naturais que a vida suscita quando o trabalho e a ação convém aos seus interesses e às suas necessidades".
Nessa nova concepção da escola, que é uma reação contra as tendências exclusivamente passivas, intelectualistas e verbalistas da escola tradicional, a atividade que está na base de todos os seus trabalhos, é a atividade espontânea, alegre e fecunda, dirigida à satisfação das necessidades do próprio indivíduo. Na verdadeira educação funcional deve estar, pois, sempre presente, como elemento essencial e inerente à sua própria natureza, o problema não só da correspondência entre os graus do ensino e as etapas da evolução intelectual fixadas sobre a base dos interesses, como também da adaptação da atividade educativa às necessidades psicobiológicas do momento. O que distingue da escola tradicional a escola nova, não é, de fato, a predominância dos trabalhos de base manual e corporal, mas a presença, em todas as suas atividades, do fator psicobiológico do interesse, que é a primeira condição de uma atividade espontânea e o estímulo constante ao educando (criança, adolescente ou jovem) a buscar todos os recursos ao seu alcance, "graças à força de atração das necessidades profundamente sentidas". É certo que, deslocando-se por esta forma, para a criança e para os seus interesses, móveis e transitórios, a fonte de inspiração das atividades escolares, quebra-se a ordem que apresentavam os programas tradicionais, do ponto de vista da lógica formal dos adultos, para os pôr de acordo com a "lógica psicológica", isto é, com a lógica que se baseia na natureza e no funcionamento do espírito infantil.
Mas, para que a escola possa fornecer aos "impulsos interiores a ocasião e o meio de realizar-se", e abrir ao educando à sua energia de observar, experimentar e criar todas as atividades capazes de satisfazê-la, é preciso que ela seja reorganizada como um "mundo natural e social embrionário", um ambiente dinâmico em íntima conexão com a região e a comunidade. A escola que tem sido um aparelho formal e rígido, sem diferenciação regional, inteiramente desintegrado em relação ao meio social, passará a ser um organismo vivo, com uma estrutura social, organizada à maneira de uma comunidade palpitante pelas soluções de seus problemas. Mas, se a escola deve ser uma comunidade em miniatura, e se em toda a comunidade as atividades manuais, motoras ou construtoras "constituem as funções predominantes da vida", é natural que ela inicie os alunos nessas atividades, pondo-os em contato com o ambiente e com a vida ativa que os rodeia, para que eles possam, desta forma, possuí-la, apreciá-la e senti-la de acordo com as aptidões e possibilidades. "A vida da sociedade, observou Paulsen, se modifica em função da sua economia, e a energia individual e coletiva se manifesta pela sua produção material". A escola nova, que tem de obedecer a esta lei, deve ser reorganizada de maneira que o trabalho seja seu elemento formador, favorecendo a expansão das energias criadoras do educando, procurando estimular-lhe o próprio esforço como o elemento mais eficiente em sua educação e preparando-o, com o trabalho em grupos e todas as atividades pedagógicas e sociais, para fazê-lo penetrar na corrente do progresso material e espiritual da sociedade de que proveio e em que vai viver e lutar.

Plano de reconstrução educacional
a) As linhas gerais do plano
Ora, assentada a finalidade da educação e definidos os meios de ação ou processos de que necessita o indivíduo para o seu desenvolvimento integral, ficam fixados os princípios científicos sobre os quais se pode apoiar solidamente um sistema de educação. A aplicação desses princípios importa, como se vê, numa radical transformação da educação pública em todos os seus graus, tanto à luz do novo conceito de educação, como à vista das necessidades nacionais. No plano de reconstrução educacional, de que se esboçam aqui apenas as suas grandes linhas gerais, procuramos, antes de tudo, corrigir o erro capital que apresenta o atual sistema (se é que se pode chamar sistema), caracterizado pela falta de continuidade e articulação do ensino, em seus diversos graus, como se não fossem etapas de um mesmo processo, e cada um dos quais deve ter o seu "fim particular", próprio, dentro da "unidade do fim geral da educação" e dos princípios e métodos comuns a todos os graus e instituições educativas. De fato, o divorcio entre as entidades que mantêm o ensino primário e profissional e as que mantêm o ensino secundário e superior, vai concorrendo insensivelmente, como já observou um dos signatários deste manifesto, "para que se estabeleçam no Brasil, dois sistemas escolares paralelos, fechados em compartimentos estanques e incomunicáveis, diferentes nos seus objetivos culturais e sociais, e, por isto mesmo, instrumentos de estratificação social".
A escola primária que se estende sobre as instituições das escolas maternais e dos jardins de infância e constitui o problema fundamental das democracias, deve, pois, articular-se rigorosamente com a educação secundária unificada, que lhe sucede, em terceiro plano, para abrir acesso às escolas ou institutos superiores de especialização profissional ou de altos estudos. Ao espírito novo que já se apoderou do ensino primário não se poderia, porém, subtrair a escola secundária, em que se apresentam, colocadas no mesmo nível, a educação chamada "profissional" (de preferência manual ou mecânica) e a educação humanística ou científica (de preponderância intelectual), sobre uma base comum de três anos. A escola secundária deixará de ser assim a velha escola de "um grupo social", destinada a adaptar todas as inteligências a uma forma rígida de educação, para ser um aparelho flexível e vivo, organizado para ministrar a cultura geral e satisfazer às necessidades práticas de adaptação à variedade dos grupos sociais. É o mesmo princípio que faz alargar o campo educativo das Universidades, em que, ao lado das escolas destinadas ao preparo para as profissões chamadas "liberais", se devem introduzir, no sistema, as escolas de cultura especializada, para as profissões industriais e mercantis, propulsoras de nossa riqueza econômica e industrial. Mas esse princípio, dilatando o campo das universidades, para adaptá-las à variedade e às necessidades dos grupos sociais, tão longe está de lhes restringir a função cultural que tende a elevar constantemente as escolas de formação profissional, achegando-as às suas próprias fontes de renovação e agrupando-as em torno dos grandes núcleos de criação livre, de pesquisa científica e de cultura desinteressada.
A instrução pública não tem sido, entre nós, na justa observação de Alberto Torres, senão um "sistema de canais de êxodo da mocidade do campo para as cidades e da produção para o parasitismo". É preciso, para reagir contra esses males, já tão lucidamente apontados, pôr em via de solução o problema educacional das massas rurais e do elemento trabalhador da cidade e dos centros industriais já pela extensão da escola do trabalho educativo e da escola do trabalho profissional, baseada no exercício normal do trabalho em cooperação, já pela adaptação crescente dessas escolas (primária e secundária profissional) às necessidades regionais e às profissões e indústrias dominantes no meio. A nova política educacional rompendo, de um lado, contra a formação excessivamente literária de nossa cultura, para lhe dar um caráter científico e técnico, e contra esse espírito de desintegração da escola, em relação ao meio social, impõe reformas profundas, orientadas no sentido da produção e procura reforçar, por todos os meios, a intenção e o valor social da escola, sem negar a arte, a literatura e os valores culturais. A arte e a literatura tem efetivamente uma significação social, profunda e múltipla; a aproximação dos homens, a sua organização em uma coletividade unânime, a difusão de tais ou quais idéias sociais, de uma maneira "imaginada", e, portanto, eficaz, a extensão do raio visual do homem e o valor moral e educativo conferem certamente à arte uma enorme importância social. Mas, se, à medida que a riqueza do homem aumenta, o alimento ocupa um lugar cada vez mais fraco, os produtores intelectuais não passam para o primeiro plano senão quando as sociedades se organizam em sólidas bases econômicas.

b) O ponto nevrálgico da questão
A estrutura do plano educacional corresponde, na hierarquia de suas instituições escolares (escola infantil ou pré-primária; primária; secundária e superior ou universitária) aos quatro grandes períodos que apresenta o desenvolvimento natural do ser humano. É uma reforma integral da organização e dos métodos de toda a educação nacional, dentro do mesmo espírito que substitui o conceito estático do ensino por um conceito dinâmico, fazendo um apelo, dos jardins de infância à Universidade, não à receptividade mas à atividade criadora do aluno. A partir da escola infantil (4 a 6 anos) à Universidade, com escala pela educação primária (7 a 12) e pela secundária (l2 a 18 anos), a "continuação ininterrupta de esforços criadores" deve levar à formação da personalidade integral do aluno e ao desenvolvimento de sua faculdade produtora e de seu poder criador, pela aplicação, na escola, para a aquisição ativa de conhecimentos, dos mesmos métodos (observação, pesquisa, e experiência), que segue o espírito maduro, nas investigações científicas. A escola secundária, unificada para se evitar o divórcio entre os trabalhadores manuais e intelectuais, terá uma sólida base comum de cultura geral (3 anos), para a posterior bifurcação (dos 15 aos 18), em seção de preponderância intelectual (com os 3 ciclos de humanidades modernas; ciências físicas e matemáticas; e ciências químicas e biológicas), e em seção de preferência manual, ramificada por sua vez, em ciclos, escolas ou cursos destinados à preparação às atividades profissionais, decorrentes da extração de matérias primas (escolas agrícolas, de mineração e de pesca) da elaboração das matérias primas (industriais e profissionais) e da distribuição dos produtos elaborados (transportes, comunicações e comércio).
Mas, montada, na sua estrutura tradicional, para a classe média (burguesia), enquanto a escola primária servia à classe popular, como se tivesse uma finalidade em si mesma, a escola secundária ou do 3º grau não forma apenas o reduto dos interesses de classe, que criaram e mantêm o dualismo dos sistemas escolares. É ainda nesse campo educativo que se levanta a controvérsia sobre o sentido de cultura geral e se põe o problema relativo à escolha do momento em que a matéria do ensino deve diversificar-se em ramos iniciais de especialização. Não admira, por isto, que a escola secundária seja, nas reformas escolares, o ponto nevrálgico da questão. Ora, a solução dada, neste plano, ao problema do ensino secundário, levantando os obstáculos opostos pela escola tradicional à interpenetração das classes sociais, se inspira na necessidade de adaptar essa educação à diversidade nascente de gostos e à variedade crescente de aptidões que a observação psicológica regista nos adolescentes e que "representam as únicas forças capazes de arrastar o espírito dos jovens à cultura superior". A escola do passado, com seu esforço inútil de abarcar a soma geral de conhecimentos, descurou a própria formação do espírito e a função que lhe cabia de conduzir o adolescente ao limiar das profissões e da vida. Sobre a base de uma cultura geral comum, em que importará menos a quantidade ou qualidade das matérias do que o "método de sua aquisição", a escola moderna estabelece para isto, depois dos 15 anos, o ponto em que o ensino se diversifica, para se adaptar já à diversidade crescente de aptidões e de gostos, já à variedade de formas de atividade social.

c) O conceito moderno de Universidade e o problema universitário no Brasil
A educação superior que tem estado, no Brasil, exclusivamente a serviço das profissões "liberais" (engenharia, medicina e direito), não pode evidentemente erigir-se à altura de uma educação universitária, sem alargar para horizontes científicos e culturais a sua finalidade estritamente profissional e sem abrir os seus quadros rígidos à formação de todas as profissões que exijam conhecimentos científicos, elevando-as a todas a nível superior e tornando-se, pela flexibilidade de sua organização, acessível a todas. Ao lado das faculdades profissionais existentes, reorganizadas em novas bases, impõe-se a criação simultânea ou sucessiva, em cada quadro universitário, de faculdades de ciências sociais e econômicas; de ciências matemáticas, físicas e naturais, e de filosofia e letras que, atendendo à variedade de tipos mentais e das necessidades sociais, deverão abrir às universidades que se criarem ou se reorganizarem, um campo cada vez mais vasto de investigações científicas. A educação superior ou universitária, a partir dos 18 anos, inteiramente gratuita como as demais, deve tender, de fato, não somente à formação profissional e técnica, no seu máximo desenvolvimento, como à formação de pesquisadores, em todos os ramos de conhecimentos humanos. Ela deve ser organizada de maneira que possa desempenhar a tríplice função que lhe cabe de elaboradora ou criadora de ciência (investigação), docente ou transmissora de conhecimentos (ciência feita) e de vulgarizadora ou popularizadora, pelas instituições de extensão universitária, das ciências e das artes.
No entanto, com ser a pesquisa, na expressão de Coulter, o "sistema nervoso da Universidade", que estimula e domina qualquer outra função; com ser esse espírito de profundidade e universalidade, que imprime à educação superior um caráter universitário, pondo-a em condições de contribuir para o aperfeiçoamento constante do saber humano, a nossa educação superior nunca ultrapassou os limites e as ambições de formação profissional, a que se propõem as escolas de engenharia, de medicina e direito. Nessas instituições, organizadas antes para uma função docente, a ciência está inteiramente subordinada à arte ou à técnica da profissão a que servem, com o cuidado da aplicação imediata e próxima, de uma direção utilitária em vista de uma função pública ou de uma carreira privada. Ora, se, entre nós, vingam facilmente todas as fórmulas e frases feitas; se a nossa ilustração, mais variada e mais vasta do que no império, é hoje, na frase de Alberto Torres, "mais vaga, fluida, sem assento, incapaz de habilitar os espíritos a formar juízos e incapaz de lhes inspirar atos", é porque a nossa geração, além de perder a base de uma educação secundária sólida, posto que exclusivamente literária, se deixou infiltrar desse espírito enciclopédico em que o pensamento ganha em extensão o que perde em profundidade; em que da observação e da experiência, em que devia exercitar-se, se deslocou o pensamento para o hedonismo intelectual e para a ciência feita, e em que, finalmente, o período criador cede o lugar à erudição, e essa mesma quase sempre, entre nós, aparente e sem substância, dissimulando sob a superfície, às vezes brilhante, a absoluta falta de solidez de conhecimentos.
Nessa superficialidade de cultura, fácil e apressada, de autodidatas, cujas opiniões se mantêm prisioneiras de sistemas ou se matizam das tonalidades das mais variadas doutrinas, se tem de buscar as causas profundas da estreiteza e da flutuação dos espíritos e da indisciplina mental, quase anárquica, que revelamos em face de todos os problemas. Nem a primeira geração nascida com a república, no seu esforço heróico para adquirir a posse de si mesma, elevando-se acima de seu meio, conseguiu libertar-se de todos os males educativos de que se viciou a sua formação. A organização de Universidades é, pois, tanto mais necessária e urgente quanto mais pensarmos que só com essas instituições, a que cabe criar e difundir ideais políticos, sociais, morais e estéticos, é que podemos obter esse intensivo espírito comum, nas aspirações, nos ideais e nas lutas, esse "estado de ânimo nacional", capaz de dar força, eficácia e coerência à ação dos homens, sejam quais forem as divergências que possa estabelecer entre eles a diversidade de pontos de vista na solução dos problemas brasileiros. É a universidade, no conjunto de suas instituições de alta cultura, prepostas ao estudo científico dos grandes problemas nacionais, que nos dará os meios de combater a facilidade de tudo admitir; o ceticismo de nada escolher nem julgar; a falta de crítica, por falta de espírito de síntese; a indiferença ou a neutralidade no terreno das idéias; a ignorância "da mais humana de todas as operações intelectuais, que é a de tomar partido", e a tendência e o espírito fácil de substituir os princípios (ainda que provisórios) pelo paradoxo e pelo humor, esses recursos desesperados.

d) O problema dos melhores
De fato, a Universidade, que se encontra no ápice de todas as instituições educativas, está destinada, nas sociedades modernas a desenvolver um papel cada vez mais importante na formação das elites de pensadores, sábios, cientistas, técnicos, e educadores, de que elas precisam para o estudo e solução de suas questões científicas, morais, intelectuais, políticas e econômicas. Se o problema fundamental das democracias é a educação das massas populares, os melhores e os mais capazes, por seleção, devem formar o vértice de uma pirâmide de base imensa. Certamente, o novo conceito de educação repele as elites formadas artificialmente "por diferenciação econômica" ou sob o critério da independência econômica, que não é nem pode ser hoje elemento necessário para fazer parte delas. A primeira condição para que uma elite desempenhe a sua missão e cumpra o seu dever é de ser "inteiramente aberta" e não somente de admitir todas as capacidades novas, como também de rejeitar implacavelmente de seu seio todos os indivíduos que não desempenham a função social que lhes é atribuída no interesse da coletividade. Mas, não há sociedade alguma que possa prescindir desse órgão especial e tanto mais perfeitas serão as sociedades quanto mais pesquisada e selecionada for a sua elite, quanto maior for a riqueza e a variedade de homens, de valor cultural substantivo, necessários para enfrentar a variedade dos problemas que põe a complexidade das sociedades modernas. Essa seleção que se deve processar não "por diferenciação econômica", mas "pela diferenciação de todas as capacidades", favorecida pela educação, mediante a ação biológica e funcional, não pode, não diremos completar-se, mas nem sequer realizar-se senão pela obra universitária que, elevando ao máximo o desenvolvimento dos indivíduos dentro de suas aptidões naturais e selecionando os mais capazes, lhes dá bastante força para exercer influência efetiva na sociedade e afetar, dessa forma, a consciência social.

A unidade de formação de professores e a unidade de espírito
Ora, dessa elite deve fazer parte evidentemente o professorado de todos os graus, ao qual, escolhido como sendo um corpo de eleição, para uma função pública da mais alta importância, não se dá, nem nunca se deu no Brasil, a educação que uma elite pode e deve receber. A maior parte dele, entre nós, é recrutada em todas as carreiras, sem qualquer preparação profissional, como os professores do ensino secundário e os do ensino superior (engenharia, medicina, direito, etc.), entre os profissionais dessas carreiras, que receberam, uns e outros, do secundário a sua educação geral. O magistério primário, preparado em escolas especiais (escolas normais), de caráter mais propedêutico, e, as vezes misto, com seus cursos geral e de especialização profissional, não recebe, por via de regra, nesses estabelecimentos, de nível secundário, nem uma sólida preparação pedagógica, nem a educação geral em que ela deve basear-se. A preparação dos professores, como se vê, é tratada entre nós, de maneira diferente, quando não é inteiramente descuidada, como se a função educacional, de todas as funções públicas a mais importante, fosse a única para cujo exercício não houvesse necessidade de qualquer preparação profissional. Todos os professores, de todos os graus, cuja preparação geral se adquirirá nos estabelecimentos de ensino secundário, devem, no entanto, formar o seu espírito pedagógico, conjuntamente, nos cursos universitários, em faculdades ou escolas normais, elevadas ao nível superior e incorporadas às universidades. A tradição das hierarquias docentes, baseadas na diferenciação dos graus de ensino, e que a linguagem fixou em denominações diferentes (mestre, professor e catedrático), é inteiramente contrária ao princípio da unidade da função educacional, que, aplicado, às funções docentes, importa na incorporação dos estudos do magistério às universidades, e, portanto, na libertação espiritual e econômica do professor, mediante uma formação e remuneração equivalentes que lhe permitam manter, com a eficiência no trabalho, a dignidade e o prestígio indispensáveis aos educadores.
A formação universitária dos professores não é somente uma necessidade da função educativa, mas o único meio de, elevando-lhes em verticalidade a cultura, e abrindo-lhes a vida sobre todos os horizontes, estabelecer, entre todos, para a realização da obra educacional, uma compreensão recíproca, uma vida sentimental comum e um vigoroso espírito comum nas aspirações e nos ideais. Se o estado cultural dos adultos é que dá as diretrizes à formação da mocidade, não se poderá estabelecer uma função e educação unitária da mocidade, sem que haja unidade cultural naqueles que estão incumbidos de transmití-la. Nós não temos o feiticismo mas o princípio da unidade, que reconhecemos não ser possível senão quando se criou esse "espírito", esse "ideal comum", pela unificação, para todos os graus do ensino, da formação do magistério, que elevaria o valor dos estudos, em todos os graus, imprimiria mais lógica e harmonia às instituições, e corrigiria, tanto quanto humanamente possível, as injustiças da situação atual. Os professores de ensino primário e secundário, assim formados, em escolas ou cursos universitários, sobre a base de uma educação geral comum, dada em estabelecimentos de educação secundária, não fariam senão um só corpo com os do ensino superior, preparando a fusão sincera e cordial de todas as forças vivas do magistério. Entre os diversos graus do ensino, que guardariam a sua função específica, se estabeleceriam contatos estreitos que permitiriam as passagens de um ao outro nos momentos precisos, descobrindo as superioridade em gérmen, pondo-as em destaque e assegurando, de um ponto a outro dos estudos, a unidade do espírito sobre a base da unidade de formação dos professores.

O papel da escola na vida e a sua função social
Mas, ao mesmo tempo que os progressos da psicologia aplicada à criança começaram a dar à educação bases científicas, os estudos sociológicos, definindo a posição da escola em face da vida, nos trouxeram uma consciência mais nítida da sua função social e da estreiteza relativa de seu círculo de ação. Compreende-se, à luz desses estudos, que a escola, campo específico de educação, não é um elemento estranho à sociedade humana, um elemento separado, mas "uma instituição social", um órgão feliz e vivo, no conjunto das instituições necessárias à vida, o lugar onde vivem a criança, a adolescência e a mocidade, de conformidade com os interesses e as alegrias profundas de sua natureza. A educação, porém, não se faz somente pela escola, cuja ação é favorecida ou contrariada, ampliada ou reduzida pelo jogo de forças inumeráveis que concorrem ao movimento das sociedades modernas. Numerosas e variadíssimas, são, de fato, as influências que formam o homem através da existência. "Há a herança que a escola da espécie, como já se escreveu; a família que é a escola dos pais; o ambiente social que é a escola da comunidade, e a maior de todas as escolas, a vida, com todos os seus imponderáveis e forças incalculáveis". Compreender, então, para empregar a imagem de C. Bouglé, que, na sociedade, a "zona luminosa é singularmente mais estreita que a zona de sombra; os pequenos focos de ação consciente que são as escolas, não são senão pontos na noite, e a noite que as cerca não é vazia, mas cheia e tanto mais inquietante; não é o silêncio e a imobilidade do deserto, mas o frêmito de uma floresta povoada".
Dessa concepção positiva da escola, como uma instituição social, limitada, na sua ação educativa, pela pluralidade e diversidade das forças que concorrem ao movimento das sociedades, resulta a necessidade de reorganizá-la, como um organismo maleável e vivo, aparelhado de um sistema de instituições susceptíveis de lhe alargar os limites e o raio de ação. As instituições periescolares e postescolares, de caráter educativo ou de assistência social, devem ser incorporadas em todos os sistemas de organização escolar para corrigirem essa insuficiência social, cada vez maior, das instituições educacionais. Essas instituições de educação e cultura, dos jardins de infância às escolas superiores, não exercem a ação intensa, larga e fecunda que são chamadas a desenvolver e não podem exercer senão por esse conjunto sistemático de medidas de projeção social da obra educativa além dos muros escolares. Cada escola, seja qual for o seu grau, dos jardins às universidades, deve, pois, reunir em tomo de si as famílias dos alunos, estimulando e aproveitando as iniciativas dos pais em favor da educação; constituindo sociedades de ex-alunos que mantenham relação constante com as escolas; utilizando, em seu proveito, os valiosos e múltiplos elementos materiais e espirituais da coletividade e despertando e desenvolvendo o poder de iniciativa e o espírito de cooperação social entre os pais, os professores, a imprensa e todas as demais instituições diretamente interessadas na obra da educação.
Pois, é impossível realizar-se em intensidade e extensão, uma sólida obra educacional, sem se rasgarem à escola aberturas no maior numero possível de direções e sem se multiplicarem os pontos de apoio de que ela precisa, para se desenvolver, recorrendo a comunidade como à fonte que lhes há de proporcionar todos os elementos necessários para elevar as condições materiais e espirituais das escolas. A consciência do verdadeiro papel da escola na sociedade impõe o dever de concentrar a ofensiva educacional sobre os núcleos sociais, como a família, os agrupamentos profissionais e a imprensa, para que o esforço da escola se possa realizar em convergência, numa obra solidária, com as outras instituições da comunidade. Mas, além de atrair para a obra comum as instituições que são destinadas, no sistema social geral, a fortificar-se mutuamente, a escola deve utilizar, em seu proveito, com a maior amplitude possível, todos os recursos formidáveis, como a imprensa, o disco, o cinema e o rádio, com que a ciência, multiplicando-lhe a eficácia, acudiu à obra de educação e cultura e que assumem, em face das condições geográficas e da extensão territorial do país, uma importância capital. À escola antiga, presumida da importância do seu papel e fechada no seu exclusivismo acanhado e estéril, sem o indispensável complemento e concurso de todas as outras instituições sociais, se sucederá a escola moderna aparelhada de todos os recursos para estender e fecundar a sua ação na solidariedade com o meio social, em que então, e só então, se tornará capaz de influir, transformando-se num centro poderoso de criação, atração e irradiação de todas as forças e atividades educativas.

A democracia, - um programa de longos deveres
Não alimentamos, de certo, ilusões sobre as dificuldades de toda a ordem que apresenta um plano de reconstrução educacional de tão grande alcance e de tão vastas proporções. Mas, temos, com a consciência profunda de uma por uma dessas dificuldades, a disposição obstinada de enfrentá-las, dispostos, como estamos, na defesa de nossos ideais educacionais, para as existências mais agitadas, mais rudes e mais fecundas em realidades, que um homem tenha vivido desde que há homens, aspirações e lutas. O próprio espírito que o informa de uma nova política educacional, com sentido unitário e de bases científicas, e que seria, em outros países, a maior fonte de seu prestígio, tornará esse plano suspeito aos olhos dos que, sob o pretexto e em nome do nacionalismo, persistem em manter a educação, no terreno de uma política empírica, à margem das correntes renovadoras de seu tempo. De mais, se os problemas de educação devem ser resolvidos de maneira científica, e se a ciência não tem pátria, nem varia, nos seus princípios, com os climas e as latitudes, a obra de educação deve ter, em toda a parte, uma "unidade fundamental", dentro da variedade de sistemas resultantes da adaptação a novos ambientes dessas idéias e aspirações que, sendo estruturalmente científicas e humanas, têm um caráter universal. É preciso, certamente, tempo para que as camadas mais profundas do magistério e da sociedade em geral sejam tocadas pelas doutrinas novas e seja esse contato bastante penetrante e fecundo para lhe modificar os pontos de vista e as atitudes em face do problema educacional, e para nos permitir as conquistas em globo ou por partes de todas as grandes aspirações que constituem a substância de uma nova política de educação.
Os obstáculos acumulados, porém, não nos abateram ainda nem poderão abater-nos a resolução firme de trabalhar pela reconstrução educacional no Brasil. Nós temos uma missão a cumprir: insensíveis à indiferença e à hostilidade, em luta aberta contra preconceitos e prevenções enraizadas, caminharemos progressivamente para o termo de nossa tarefa, sem abandonarmos o terreno das realidades, mas sem perdermos de vista os nossos ideais de reconstrução do Brasil, na base de uma educação inteiramente nova. A hora crítica e decisiva que vivemos, não nos permite hesitar um momento diante da tremenda tarefa que nos impõe a consciência, cada vez mais viva da necessidade de nos prepararmos para enfrentarmos com o evangelho da nova geração, a complexidade trágica dos problemas postos pelas sociedades modernas. "Não devemos submeter o nosso espírito. Devemos, antes de tudo proporcionar-nos um espírito firme e seguro; chegar a ser sérios em todas as coisas, e não continuar a viver frivolamente e como envoltos em bruma; devemos formar-nos princípios fixos e inabaláveis que sirvam para regular, de um modo firme, todos os nossos pensamentos e todas as nossas ações; vida e pensamento devem ser em nós outros de uma só peça e formar um todo penetrante e sólido. Devemos, em uma palavra, adquirir um caráter, e refletir, pelo movimento de nossas próprias idéias, sobre os grandes acontecimentos de nossos dias, sua relação conosco e o que podemos esperar deles. É preciso formar uma opinião clara e penetrante e responder a esses problemas sim ou não de um modo decidido e inabalável".
Essas palavras tão oportunas, que agora lembramos, escreveu-as Fichte há mais de um século, apontando à Alemanha, depois da derrota de Iena, o caminho de sua salvação pela obra educacional, em um daqueles famosos "discursos à nação alemã", pronunciados de sua cátedra, enquanto sob as janelas da Universidade, pelas ruas de Berlim, ressoavam os tambores franceses... Não são, de fato, senão as fortes convicções e a plena posse de si mesmos que fazem os grandes homens e os grandes povos. Toda a profunda renovação dos princípios que orientam a marcha dos povos precisa acompanhar-se de fundas transformações no regime educacional: as únicas revoluções fecundas são as que se fazem ou se consolidam pela educação, e é só pela educação que a doutrina democrática, utilizada como um princípio de desagregação moral e de indisciplina, poderá transformar-se numa fonte de esforço moral, de energia criadora, de solidariedade social e de espírito de cooperação. "O ideal da democracia que, - escrevia Gustave Belot em 1919, - parecia mecanismo político, torna-se princípio de vida moral e social, e o que parecia coisa feita e realizada revelou-se como um caminho a seguir e como um programa de longos deveres". Mas, de todos os deveres que incumbem ao Estado, o que exige maior capacidade de dedicação e justifica maior soma de sacrifícios; aquele com que não é possível transigir sem a perda irreparável de algumas gerações; aquele em cujo cumprimento os erros praticados se projetam mais longe nas suas conseqüências, agravando-se à medida que recuam no tempo; o dever mais alto, mais penoso e mais grave é, de certo, o da educação que, dando ao povo a consciência de si mesmo e de seus destinos e a força para afirmar-se e realizá-los, entretém, cultiva e perpetua a identidade da consciência nacional, na sua comunhão íntima com a consciência humana.


Fernando de Azevedo
Afranio Peixoto
A. de Sampaio Doria
Anisio Spinola Teixeira
M. Bergstrom Lourenço Filho
Roquette Pinto
J. G. Frota Pessôa
Julio de Mesquita Filho
Raul Briquet
Mario Casassanta
C. Delgado de Carvalho
A. Ferreira de Almeida Jr.
J. P. Fontenelle
Roldão Lopes de Barros
Noemy M. da Silveira
Hermes Lima
Attilio Vivacqua
Francisco Venancio Filho
Paulo Maranhão
Cecilia Meirelles
Edgar Sussekind de Mendonça
Armanda Alvaro Alberto
Garcia de Rezende
Nobrega da Cunha
Paschoal Lemme
Raul Gomes.